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- Conheça mais sobre "Doona", K-drama da Netflix com Bae Suzy que já é um sucesso
Série sul-coreana do diretor de "Romance is a Bonus Book" e "Pousando no Amor" retrata vida de uma K-idol (Divulgação/ Netflix) Na sexta-feira (20) chegou ao catálogo da Netflix a tão aguardada série Doona. O K-drama do diretor Lee Jung-hyo, que dirigiu o sucesso Pousando no Amor, conta com nove episódio e foi lançado no streaming já com dublagem inclusa. E nisso, o drama marca a volta de Suzy Bae como protagonista numa produção, conhecida pelos seus papéis em Apostando alto e Retaliação. Inclusive, já falamos das nossas primeiras impressões aqui no site! Na composição do elenco, além de Suzy, há também os atores Yang Se-jong (que participou do drama médico Dr. Romântico), Shin Ha-young, Park Se-wan (do K-drama Me Tira Daqui), Kim Min-ho, Joo Yeon-woo, Baek Ji-hye, Lee Yoo-bi e Lee Chan-hyung. Para os que ainda estão em dúvida se darão o play em Doona, o Café com Kimchi separou as principais informações a respeito da série para você conferir! Leia logo abaixo: Com narrativa realista, Doona é um K-drama que mostra a vida dos idols de K-pop Baseado no webtoon chamado The Girl Downstairs, Doona acompanha a história da personagem Lee Doona, uma idol de K-pop que se aposentou. Na trama, a cantora era membro do grupo fictício Dream Sweet, que estava no auge da carreira; mas a artista anuncia a sua saída de forma inesperada. Aliás, a novidade da Netflix complementa a nossa lista de K-dramas que falam sobre idols. Após o anúncio, Doona se refugia em uma república universitária, que é onde encontra Won Jun (Yang Se-jong). Para completar, ambos descobrem que são vizinhos e a protagonista desconfia que o estudante, na verdade, seja um stalker. Apesar disso, a relação dos dois se desenvolve enquanto os protagonistas convivem diariamente, mesmo sendo de mundos diferentes, o que desperta um sentimento entre eles. Além de ser um drama de romance, Doona também explicita a realidade vivida por artistas na indústria do K-pop, e é possível observar tanto no mundo real quanto no fictício que as cobranças comportamentais, cyberbullying, comparações e competições geram uma sobrecarga física e emocional nessas pessoas. Montanha russas de emoções: elenco de Doona conta sobre o que esperar do drama Em coletiva de imprensa feita pela Netflix, os atores e o diretor de Doona compartilharam um pouco sobre a trama e seus personagens. Lee Jung-hyo, diretor da obra, expõe a relação dos protagonista no enredo: Doona exprime certa complexidade em se expressar, enquanto Won Jun acha desafiador entendê-la. O diretor ainda complementa: "nós retratamos a relação entre esses dois personagens seguindo-a do ponto de vista de Won Jun. Isso permitirá que [os espectadores] entendam as perspectivas de Doona e Won Jun". A Suzy também contou um pouco sobre Lee Donna, figura que interpreta na estreia. A atriz comenta que "Doona é honesta e franca, mas também tem um (coração) ferido e solitário, então ela se sente como um gato de garras afiadas. Porém, na realidade, ela é como um 'gato parecido com um cachorro', que gosta de pessoas”. Ao abordar a relação da idol aposentada com o estudante universitário, Suzy fala sobre como se desenvolveu a conexão de Doona por Won Jun. Suzy diz: "ela inicialmente se aproxima dele com o desejo de saber mais sobre Won Jun, e construir uma amizade com ele. Mais tarde, à medida que Doona desenvolve sentimentos por ele, ela gradualmente testa seus sentimentos por Won Jun à sua própria maneira". O interprete de Won Jun, Yang Se-jong, também comentou a respeito da evolução dos sentimentos do estudante: "conforme o relacionamento de Won Jun e Doona se aprofunda na parte final da série, ele se torna mais cativado por ela e aprende a abraçar suas emoções em evolução natural". Suzi revive vida de idol com clipe do girlgroup "Dream Sweet" Para promoção de Doona, o K-drama da Netflix ganhou um MV para a música The Whispering Spell do grupo fictício da produção, o Dream Sweet. O single, lançado durante o auge da carreira de Lee Doona na trama, apresenta as dançarinas Go Ah Sung, Simeez e Rian da equipe de dança La Chica (participante do reality show Street Woman Fighter), e a solista Janet Suh como as quatro outras membros do girlgroup. Suzy ocupa a posição de cantora principal do grupo, e dá aos fãs que assistirem à produção uma leve nostalgia. Aos que só conhecem sua carreira como atriz, Bae Suzy integrava o Miss A, grupo da JYP Entertainment, antes mesmo de ingressar na dramaland. O grupo debutou em 2010 e ficou em atividade até 2017, e lançou grandes sucessos como Bad Girl, Good Girl, Only You e Hush. Bateu saudade, né! Confira logo abaixo o MV do Dream Sweet: Você já assistiu aos episódios de Doona na Netflix? Não se esqueça de seguir o Café com Kimchi nas redes sociais!
- Os 7 melhores K-dramas originais da Netflix para maratonar e que pouca gente conhece
Vincenzo e Uma Advogada Extraordinária são exemplos de sucesso absoluto, mas separamos títulos para aqueles que desejam sair do óbvio (Reprodução/Netflix) A praticidade das plataformas de streaming tem aberto caminhos para pessoas que não costumavam consumir tanto K-Dramas e facilitado a vida de fãs antigos destas produções. Com o sucesso no Ocidente, o investimento da Netflix em drama sul-coreanos se tornou inevitável e ano após ano a plataforma tem produzido sucessos, que alcançam públicos fora da bolha da dramaland. A Netflix tem apresentado diversos títulos de destaque. Nomes como Round 6 (2021), My Name (2021) e A Lição (2022) se tornaram famosos internacionalmente, com o enredo de violência e vingança cativando diferentes nichos. Outras obras mais voltadas para os gêneros de comédia e romance também se tornaram muito comentadas, como Pousando no Amor (2019), Nosso Eterno Verão (2021) e Uma Advogada Extraordinária (2022). Leia também: 6 doramas de época para maratonar na Netflix e no Viki A lista de originais da plataforma é bastante expressiva, mas entre tantos títulos, há aqueles que não são tão comentados e algumas vezes são deixados de lado — o que não significa que a qualidade é inferior. Fugindo do óbvio, o Café com Kimchi separou uma lista com os melhores doramas originais da Netflix que não são tão comentados pelo publico. Então, não espere por Vincenzo (2021), Todos Nós Estamos Mortos (2022) ou Pretendente Surpresa (2022). Trinta e nove (2022) Trinta e nove é uma produção leve e ideal para quem deseja assistir um drama mais tranquilo, apesar de ser inevitável escapar de chorar ao assisti-lo. A história gira em torno da forte amizade de três mulheres de 39 anos. Cha Mijo (Son Yejin) é uma médica dermatologista de berço de ouro adotivo, Chan Young (Jeon Mido) é uma professora de atuação e Jang Joo He (Kim Ji Hyun) trabalha em um shopping e sonha em se casar. A vida normal do trio é interrompida pelo diagnostico de câncer de Chan Young. A doença está em estado avançado, mas elas desejam apenas se lembrarem de momentos felizes. A produção apresenta equilíbrios de momentos do passado e presente, felizes e tristes, deixando o público a par dos motivos desta amizade ser tão leal e a dinâmica entre as mulheres. Aos fãs de romances, também há doses de amor no ar em Trinta e Nove. Loucos Um Pelo Outro (2021) Lee Min Kyung (Oh Yeon Seo) e No Whi Oh (Jung Woo) têm passados dolorosos e atravessam um caminho de superação enquanto se apaixonam, mas antes terão muitos conflitos. Logo no primeiro encontro os dois se desentendem por Min Kyung acreditar que Whi Oh estava a perseguindo na rua. Para completar, os dois descobrem que são vizinhos e frequentam a mesma psiquiatra. Vale destacar que o K-Drama ressalta a importância da saúda mental, pelos protagonistas frequentarem um psiquiatra para superar seus traumas e, mesmo com o namoro, mostram que o amor não pode curar tudo. Além de ter o plot que muitos adoram: enemies to lovers. Leia também: 11 doramas policiais para assistir na Netflix, Viki e Kocowa A Caminho Do Céu (2021) O K-Drama que promete tirar muitas lágrimas do público chama atenção pelos simbolismos e por retratar assuntos delicados. Geu Ru (Tang Joon Sang) é um jovem com síndrome de Asperger. Ele trabalha com o pai no "Caminho do Céu", organizando itens deixados por pessoas falecidas. O objetivo é ajudar os familiares em seus lutos. Quando o pai de Geu Ru morre, seu tio Sang Gu (Lee Je Hoon) aparece inesperadamente como seu guardião. Sang Gu é um homem frio que costumava dominar artes marciais e lutar em brigas clandestinas. O ex-presidiário vê o sobrinho como uma nova fonte de ganhar dinheiro. Geu Ru lidam de formas diferentes com a morte e o luto. Com visões opostas, agora os dois dirigem o "Caminho do Céu" juntos. Caçadores de Demônios (2020) Pretendente Surpresa não foi o primeiro título original da Netflix protagonizado por Kim Sejeong. Caçadores de Demônios é baseado em um webtoon e foi elogiado pela fidelidade com a obra original. A trama gira em torno de um grupo de pessoas com habilidades especiais, que possuem objetivo comum de caçar espíritos malignos. Para manter a discrição, eles se disfarçam de funcionários de um restaurante de macarrão. So Mun (Jo Byeong Gyu) tem uma vida difícil desde o acidente que matou seus país e o deixou com uma fratura permanente na perna. No dia do seu aniversário, uma situação inusitada ocorre e une seu destino ao dos caçadores. A partir disso, So Mun começa seu treinamento para despertar sua habilidade e enfrentar espíritos malignos. Leia também: Idols em cena: 7 doramas com cantores de K-pop para assistir na Netflix Uma Segunda Chance (2020) O enredo acompanha Cha Yuri (Kim Tae Hee), uma fantasma há cinco anos, que ainda não conseguiu fazer a passagem para outro plano. Em sua morte precoce, ela deixou para trás seu marido Jo Kang Hwa (Lee Kyu Hyung) e sua filha, Jo Seo Woo (Seo Woo Jin), mas desde sua morte ela acompanha a vida da sua família. A morte despedaçou toda o núcleo familiar, os pais de Yuri não tem contato com a neta, Jo Kang Hwa mudou de personalidade e se tornou distante. Inesperadamente, ela recebe uma chance de se tornar humana novamente em um projeto de reencarnação de 49 dias. Aos poucos ela busca se inserir na vida daqueles que deixou no mundo dos vivos, principalmente, de sua filha. Apesar da trama dramática, o K-Drama também entrega boas cenas de comédia e histórias emocionantes para os demais personagens. Somebody (2022) Kim Sum (Kang Hae Lim) é desenvolvedora do aplicativo de relacionamento “Somebody”, que tem feito sucesso entre jovens. Porém, uma série de assassinatos emergem e os envolvidos, vítima e assassino, parecem estar envolvidos com Somebody. As amigas de Kim Sum, Im Mok Won (Kim Yong Ji) e Yeong Gi Eun (Kim Soo Yeon), começam a investigar o caso, enquanto a desenvolvedora cria um estranho laço com Seong Yun O (Kim Young Kwang), um homem atraente, mas que esconde um segredo sombrio. Dra. Cha (2023) A Coreia do Sul possui uma coleção de K-Dramas associados a vida médica. Este título original Netflix reúne um elenco experiente na atuação. Na trama, Cha Jeong Suk (Uhm Jung Hwa) é casada com Seo In Ho (Kim Byung Chul), um cirurgião-chefe em um hospital universitário. Depois de ter desistido da carreira médica durante os anos de residência, Jeong Suk se dona de casa em tempo integral há 20 anos. Agora ela está decidida a voltar a ativa e reiniciar o curso de residência médica, enquanto lida com outras reviravoltas em sua vida. Qual seu original da Netflix favorito? Conta para gente em nossas redes socias.
- Como a Chuu do LOONA construiu sua carreira individual antes mesmo do debut solo?
Você viu essa mulher? Nós apostamos que sim! A estreia da cantora ganhou repercussão não somente devido aos memes, como também ao carisma imbatível. Kim Jiwoo, popularmente conhecida como Chuu, é a estrela que dominou a internet e promete dominar os charts com “Howl” seu EP de estréia como solista após o fim conturbado do contrato com a Blockberry Creative. O disco já vendeu mais de 30 mil cópias físicas contabilizadas pelo Hanteo Charts somente em seu primeiro dia de vendas, tal feito é apenas uma pequena parcela do sucesso que Chuu vem fazendo desde seus tempos como integrante do LOONA. Apesar do fim prematuro do LOONA, é inegável que as integrantes conseguiram recuperar suas carreiras de diferentes formas, seja como grupos a parte ou como solistas. Entretanto, é inegável que Chuu foi um destaque não somente durante sua estreia no grupo com o single solo “Heart Attack” em 2017, que surpreendeu devido a personalidade contagiante da cantora e seus vocais impressionantes. Entretanto, a carreira da Chuu vai muito além do sucesso musical ou dos memes disseminados por fãs e leigos ao redor do mundo. Conheça um pouco mais da carreira da Chuu e entenda o porquê de seu sucesso! Leia Também: Debut solo da CHUU, comeback do TXT e todos os lançamentos de K-pop em outubro de 2023 Uma ascendente trajetória em busca do sucesso A multiartista de apenas 23 anos de idade iniciou sua trajetória no entretenimento logo cedo ao ingressar na Hanlim Multi Art School, uma escola de artes sul-coreana conhecida por seu histórico de admissão de celebridades e trainees. No ano de 2016, a cantora chegou a ser trainee de empresas como a FNC Entertainment — responsável por grupos como AOA e SF9 — e Music Works, uma subsidiária da CJ ENM Music Performance Division. Porém, acabou não conseguindo estrear por nenhuma das duas, entretanto, o acúmulo de experiência veio a valer a pena no ano seguinte. Em 2017, Chuu foi revelada como integrante do Loona, mais novo girlgroup da Blockberry Creative composto originalmente por 12 integrantes que foram anunciadas mensalmente, sendo cada uma revelada junto a um single solo exclusivo. No dia 28 de dezembro o music video do single “Heart Attack” foi revelado e entregou uma breve amostra da potência vocal surpreendente de Chuu e seu carisma incomparável. Poucos meses antes da estreia oficial do LOONA como grupo completo, Chuu chegou a compor a subunit LOONA/yyxy composta por 4 integrantes, que estreou no dia 30 de maio de 2018 com o disco “Beauty&The Beat”. O projeto teve como title a icônica “love4eva” em parceria com a cantora canadense Grimes. O grupo estreou oficialmente no dia 20 de agosto do mesmo ano com o disco “++” e a formação completa que incluía: HeeJin, HyunJin, HaSeul, YeoJin, ViVi, Kim Lip, Jinsoul, Choerry, Yves, Chuu, Go Won e Olivia Hye. Loona conquistou certa notoriedade entre fãs internacionais e acumulou hits memoráveis ao longo da curta carreira de apenas 4 anos. As atividades solo de Chuu iniciaram logo em 2020 com sua participação no Masked Singer — famoso reality show sul-coreano — e rendeu certo interesse por parte do público de consumir cada vez mais conteúdos da integrante que se destacava dentre as outras devido ao carisma inabalável e seu sorriso contagiante. A personalidade alegre de Chuu rendeu um programa de variedades próprio naquele mesmo ano, cujos episódios eram publicados em um canal do YouTube. O conhecidíssimo “Chuu Can Do It” ou “Chuu Protect the Earth” foi um programa de variedades idealizado pela Blockberry Creative em parceria com a DIA TV da CJ ENM e veio ao ar oficialmente em janeiro de 2021. O programa consistia em incentivar formas de cuidar do planeta através de jogos e atividades e foi um marco na carreira da artista como apresentadora de variedades e a consagrou como uma figura querida pelo público sul-coreano. Isso resultou em um contrato como embaixadora e modelo da marca de isotônicos Pocari Sweat naquele ano. Leia Também: Com "Sensitive", Loossemble traz memórias do LOONA, mas entrega sua própria essência Porque os sul-coreanos gostam tanto da Chuu? A cantora demonstrou suas diversas habilidades desde sua estreia em 2017, sem sombra de dúvidas o ápice foi em 2020 com as participações de Chuu em programas de variedades que renderam boas impressões de sua personalidade e capacidade de entreter o público sem demonstrar maus hábitos ou quaisquer traços de personalidade forçada. Tanto na frente e por trás das câmeras, Chuu exala carisma e carinho com aqueles que interagem com ela, desde outras celebridades até staffs elogiaram seu cuidado com o outro e sua personalidade divertida no dia-a-dia. É inegável que tais fatores tornaram a artista uma figura singular no que diz respeito a divertir e entreter sem faltar com respeito independentemente de quem a acompanhe. Além disso, suas capacidades vocais renderam um sucesso significativo e até boas OSTs de K-Dramas, filmes e Webtoons — Memorials (2020), Fling at Convenience Store (2021), Revolutionary Sisters (2021), Daily JoJo (2022), Ditto (2022) — lançadas de 2020 a 2022. A participação no Masked Singer foi uma forma de mostrar ao público que ainda não consumia conteúdos musicais do LOONA que havia um grande potencial a ser explorado. E por fim, a artista demonstra ser uma figura com boas aspirações e um bom exemplo para aqueles que a assistem, sendo adequada para crianças e adultos de forma divertida e não muito infantil. A mensagem passada pela websérie “Chuu Can Do It’” é um ótimo exemplo de construção de imagem atrelada a uma causa de interesse comum. Leia Também: MAMA 2023 resgata grandes nomes de gerações anteriores do K-pop; confira a lista de indicados “Você já viu essa mulher? Se não viu, agora está vendo!”: Chuu domina a internet ao redor do mundo Quando a Blockberry Creative publicou as fotos individuais das integrantes do LOONA para anunciar a estréia do grupo com o disco “++”, a estética das fotos estilo 3x4 era nada mais do que uma forma de seguir o conceito colegial juvenil que o grupo tinha proposto. Contudo, a foto de Chuu acabou fazendo um sucesso inesperado entre fãs ao redor do mundo, em especial, os fãs brasileiros que passaram a utilizar a imagem como meme de diversas formas. O ápice da brincadeira foi em 2022 quando estudantes passaram a imprimir cartazes com a imagem incluindo a frase “Você já viu essa mulher? Se não viu, agora está vendo!”, sempre acompanhado de algum código do spotify que levava a canções do LOONA ou solos da Chuu, os cartazes foram espalhados por diversas universidades e escolas do Brasil ao ponto de chamarem a atenção até mesmo de pessoas que não acompanham artistas de k-pop. A brincadeira surgiu como uma forma de divulgar o LOONA e, posteriormente, o solo da Chuu que veio a deixar o grupo no dia 25 de novembro de 2022 após ser expulsa pela Blockberry Creative sob falsas acusações de abuso de poder. A saída da Chuu foi o estopim para que as outras integrantes viessem a entrar com pedidos de encerramento de contrato por diversos motivos, dentre eles, a má administração da antiga empresa. A revolucionária Chuu do LOONA agora segue carreira solo com o mesmo nome artístico e promete seguir entregando entretenimento e boas canções nessa nova era que se iniciou com o disco “Howl” composto por apenas 5 canções incluindo a faixa-título de mesmo nome. O álbum é um bom exemplo de como a voz de chuu se encaixa em qualquer produção ao misturar uma ballad melancólica com batidas eletrônicas envolventes. Além disso, o MV é adorável e se assemelha a um filme de aventura infanto-juvenil, que faz Chuu parecer ainda mais fofa do que já é. Também adora a Chuu do LOONA e já escutou “Howl”? Comente com o Café com Kimchi em nossas redes sociais!
- MAMA 2023 resgata grandes nomes de gerações anteriores do K-pop; confira a lista de indicados
O Mnet Asian Music Awards 2023 está entre nós, nomeando grupos como EXO, TWICE, TOMORROW X TOGETHER, NewJeans e aespa (Divulgação/Mnet) Terror de uns, mas que conta com o engajamento de grande parte dos fandoms anualmente, o MAMA está de volta para mais uma edição. A premiação de K-pop, reconhecida como uma das maiores da indústria, acontecerá no estádio japonês Tokyo Dome, nos dias 28 e 29 de novembro. Para os maiores prêmios da honraria, o Mnet Asian Music Awards tem como critério de avaliação os votos dos jurados, downloads e streaming de músicas em plataformas digitais e vendas de álbuns físicos. Além disso, a votação por parte dos fãs também é importante e deverá ser feita pelo aplicativo Mnet Plus. Leia também — MAMA: 10 performances incríveis dos últimos 10 anos da premiação Na lista de indicados deste ano, divulgada nesta quinta-feira (19), nomes da segunda e terceira geração do K-pop apareceram com mais frequência entre os novatos, incluindo EXO, Taeyang, SEVENTEEN, TWICE, AKMU e BTOB. Confira abaixo a seleção completa de grupos e solistas nomeados ao MAMA 2023: Grupos e solistas de K-pop indicados ao MAMA 2023 Melhor Novo Artista Masculino BOYNEXTDOOR EVNNE RIIZE xikers ZEROBASEONE Melhor Nova Artista Feminina ADYA EL7Z UP KISS OF LIFE LIMELIGHT tripleS Melhor Grupo Masculino EXO NCT DREAM SEVENTEEN Stray Kids TREASURE TXT Melhor Grupo Feminino aespa (G)I-DLE IVE LE SSERAFIM NewJeans TWICE Melhor Artista Masculino Jimin Jungkook Lim Young Woong Parc Jae Jung Taeyang V Melhor Artista Feminina Choi Ye Na Hwasa Jeon Somi Jihyo Jisoo Lee Chae Yeon Melhor Performance de Dança Solo Masculina Jimin – “Like Crazy” Jungkook – “Seven (Feat. Latto)” Kai – “Rover” Taeyang – “VIBE (Feat. Jimin)” Taeyong – “SHALALA” Melhor Performance de Dança Solo Feminina Hwasa – “I Love My Body” Jeon Somi – “Fast Forward” Jihyo – “Killin’ Me Good” Jisoo – “FLOWER” Lee Chae Yeon – “KNOCK” Melhor Performance de Dança de Grupo Masculino NCT 127 – “Ay-Yo” NCT DREAM – “Candy” SEVENTEEN – “Super” Stray Kids – “S-Class” TXT – “Sugar Rush Ride” ZEROBASEONE – “In Bloom” Melhor Performance de Dança de Grupo Feminino aespa – “Spicy” (G)I-DLE – “Queencard” IVE – “I AM” LE SSERAFIM – “UNFORGIVEN (Feat. Nile Rodgers)” NewJeans – “Ditto” STAYC – “Teddy Bear” Melhor Performance Vocal Solo DAWN – “Dear My Light” Lee Mujin – “Ordinary Confession” Lim Young Woong – “London Boy” Parc Jae Jung – “Let’s Say Goodbye” V – “Love Me Again” Melhor Performance Vocal em Grupo AKMU – “Love Lee” BTOB – “Wind And Wish” BTS – “Take Two” M.C the MAX – “Eternity” MeloMance – “A Shining Day” Melhor Performance de Rap & Hip-Hop Agust D (Suga) – “People Pt.2 (Feat. IU)” ASH ISLAND – “Goodbye (Feat. Paul Blanco)” J-Hope – “on the street (with J.Cole)” Jay Park – “Candy (Feat. Zion.T)” Zior Park – “CHRISTIAN” Melhor Colaboração Anne-Marie, Minnie – “Expectations” BIG Naughty – “Hopeless Romantic (Feat. Lee Suhyun)” BSS (SEVENTEEN) – “Fighting (Feat. Lee Young Ji)” Jungkook – “Seven (Feat. Latto)” Taeyang – “VIBE (Feat. Jimin)” Melhor OST (trilha sonora original) BIG Naughty – “With me” (“Investimento de Risco” OST) BTS – “The Planet” (“BASTIONS” OST) Lim Jae Hyun – “Heaven (2023)” (“It Was Spring” OST) Paul Kim – “You Remember” (“A Lição” OST) TXT – “Goodbye Now” (“Love Revolution” OST) Melhor MV (videoclipe) (G)I-DLE – “Queencard” IVE – “I AM” Jisoo – “FLOWER” Jungkook – “Seven (Feat. Latto)” SEVENTEEN – “Super” Stray Kids – “S-Class” Música do Ano aespa – “Spicy” Agust D (Suga) – “People Pt.2 (Feat. IU)” AKMU – “Love Lee” Anne-Marie, Minnie – “Expectations” ASH ISLAND – “Goodbye (Feat. Paul Blanco)” BIG Naughty – “Hopeless Romantic (Feat. Lee Suhyun)” BIG Naughty – “With me” (“The Interest of Love” OST) BSS (SEVENTEEN) – “Fighting (Feat. Lee Young Ji)” BTOB – “Wind And Wish” BTS – “Take Two” BTS – “The Planet” (“BASTIONS” OST) DAWN – “Dear My Light” (G)I-DLE – “Queencard” Hwasa – “I Love My Body” IVE – “I AM J-Hope – “on the street (with J.Cole)” Jay Park – “Candy (Feat. Zion.T)” Jeon Somi – “Fast Forward” Jihyo – “Killin’ Me Good” Jimin – “Like Crazy” Jisoo – “FLOWER” Jungkook – “Seven (Feat. Latto)” Kai – “Rover” LE SSERAFIM – “UNFORGIVEN (Feat. Nile Rodgers)” Lee Chae Yeon – “KNOCK” Lee Mujin – “Ordinary Confession” Lim Jae Hyun – “Heaven (2023)” (“It Was Spring” OST) Lim Young Woong – “London Boy” M.C the MAX – “Eternity” MeloMance – “A Shining Day” NCT 127 – “Ay-Yo” NCT DREAM – “Candy” NewJeans – “Ditto” Parc Jae Jung – “Let’s Say Goodbye” Paul Kim – “You Remember” (“The Glory” OST) SEVENTEEN – “Super” STAYC – “Teddy Bear” Stray Kids – “S-Class” Taeyang – “VIBE (Feat. Jimin)” Taeyong – “SHALALA” TXT – “Goodbye Now” (“Love Revolution” OST) TXT – “Sugar Rush Ride” V – “Love Me Again” ZEROBASEONE – “In Bloom” Zior Park – “CHRISTIAN” Artista do Ano ADYA aespa BOYNEXTDOOR Choi Ye Na EL7Z UP EVNNE EXO (G)I-DLE Hwasa IVE Jeon Somi Jihyo Jimin Jisoo Jungkook KISS OF LIFE LE SSERAFIM Lee Chae Yeon Lim Young Woong LIMELIGHT NCT DREAM NewJeans Parc Jae Jung RIIZE SEVENTEEN Stray Kids Taeyang TREASURE tripleS TWICE TXT V xikers ZEROBASEONE Escolha dos Fãs Internacionais aespa AKMU ATEEZ BOYNEXTDOOR BTOB BTS CIX CRAVITY ENHYPEN EVNNE EXO fromis_9 (G)I-DLE H1-KEY Highlight ITZY IVE Jisoo Jeon Somi Kep1er LE SSERAFIM Lee Chae Yeon Lee Mujin Lim Young Woong MONSTA X n.SSign NCT 127 NCT DREAM NewJeans NMIXX ONEUS P1Harmony Parc Jae Jung Red Velvet RIIZE SEVENTEEN SHINee STAYC Stray Kids Super Junior Taeyang TEMPEST THE BOYZ TXT TREASURE TWICE Xdinary Heroes xikers ZEROBASEONE Zior Park
- [Entrevista] Monge Han aborda ancestralidade, família e pertencimento em "Vozes Amarelas"
Livro do quadrinista foi publicado em agosto pela editora HarperCollins, com cinco histórias inspiradas em vivências e descendências (HarperCollins Brasil/Divulgação) Quem nós somos de verdade? Talvez existam respostas diferentes para esta pergunta, mas um fato existe para todos nós: a pluralidade das pessoas que nos cercam atinge e influencia cada um para sempre. E esse é um dos temas tratados no livro Vozes Amarelas, lançado pelo escritor e quadrinista Monge Han em agosto deste ano pela HarperCollins Brasil. O quadrinho é um compilado de cinco histórias — três lançadas digitalmente antes, e duas inéditas — que, juntas, percorrem a trajetória de personagens racializados, originários ou descendentes de sul-coreanos, que muito têm a ver com o próprio Monge Han: ele é um dos protagonistas do livro. As ilustrações feitas pelo autor são cheias de vida, e a narrativa traz muito sentimento; o público lerá a vivência de alguém que, com sensibilidade, passou para as páginas de Vozes Amarelas experiências que marcaram sua família e a forma de se ver no mundo. O Café com Kimchi pôde falar com o Monge Han a respeito do livro, antes do autor embarcar numa turnê de lançamento para Vozes Amarelas, que incluiu a Bienal do Livro de 2023 no Rio de Janeiro. Para conhecer mais a respeito, continue lendo a entrevista abaixo! O interesse pelas artes fez Monge Han, autor de "Vozes Amarelas", chegar até aqui Na conversa sobre Vozes Amarelas, Monge Han relata que o interesse pela arte veio desde criança, na época do colégio. A paixão pelo desenho caminhou ao seu lado com o passar dos anos, e ele sempre soube que era isso que queria fazer. "Quando tive que decidir um caminho, eu já sabia que queria fazer quadrinhos, mas não sabia se seria algo possível. Acabei estudando Design Gráfico, e hoje em dia trabalho em muitas coisas diferentes, mas meu trabalho pessoal é muito focado em HQs", conta. O artista diz que seus projetos evoluíram e se adaptaram com o tempo, mas os quadrinhos sempre estiveram ali, ao alcance da mão. E falando nisso, o Monge diz que os mangás também são parte de sua realidade. A partir do gosto por desenhar e das primeiras referências em bandas desenhadas, o autor evoluiu seu trabalho até chegar no período em que produziu as primeiras histórias que compõem o livro inédito: Criança Amarela, Hamoni e Criança Amarela Colorida. Os três contos citados foram lançamentos que ajudaram a definir a figura de Monge Han como quadrinista na internet, em decorrência da viralização e receptividade que tais histórias tiveram nas épocas em que foram postadas online. E desse modo, por trás da criação, houve um período de reflexão do artista relacionado a sua própria forma de se enxergar em sociedade. "Uma coisa que me fez entender que era muito importante falar sobre esses temas, foi quando eu estava com vinte e poucos anos, e vi um vídeo de uma YouTuber falando sobre a emasculação do homem asiático. Era um vídeo falando a respeito disso, e na época, era um assunto não tão abordado no Brasil para pessoas de fora do meio acadêmico". Leia também este post - Além de As Três Irmãs: Veja outros K-dramas que foram baseados em livros Quando vi isso, pensei sobre várias coisas da minha vida que aconteciam por eu ser amarelo, e foi aí que percebi que eu não era de fato um rapaz branco. Quando notei que quase ninguém na web falava sobre o assunto, tive a ideia de contar isso nos quadrinhos. A realização de Monge Han a respeito de sua própria imagem perante a sociedade, como alguém amarelo e racializado, tomou forma e cores a partir das histórias que estão em Vozes Amarelas. Para além de produzir algo que fosse representativo, o quadrinista quis colocar suas percepções de mundo nas produções; mas isso não o impediu de entender que, no macro, os quadrinhos também eram retratos sociais de uma experiência coletiva. "Quando eu estava escrevendo Criança Amarela, lá em 2018, eu quase não o publiquei. Eu pensava coisas como, 'se eu publicar isso, as pessoas vão achar nada a ver', e ficava muito receoso", diz o Monge. Contudo, a publicação de Criança Amarela fez com que as páginas do Monge Han crescessem nas redes, e o assunto viralizasse. Os projetos do artista nunca foram apenas a respeito de sua vida como um descendente de sul-coreanos, mas eventualmente as ideias relacionadas à pauta ganharam espaço em suas obras. Hamoni veio um tempo depois, sobre a avó do artista, e então Criança Amarela Colorida, que aborda um primo do Monge nas descobertas de sua racialidade e sexualidade. Na tentativa de falar de experiências singulares, o artista acabou, de forma não-planejada, representando a experiência de várias pessoas — "muito maior do que eu", segundo Monge Han. "Eu não sabia como e o quanto (o projeto) seria aceito, mas todo esse assunto hoje já é mais discutido em certo nível. O Vozes Amarelas vem como uma compilação de toda a minha trajetória". Livro explora a relação de coreanos com a guerra, e de crianças imigrantes com ambientes escolares do Brasil A família de Monge Han, em Vozes Amarelas, é uma figura onipresente: os membros são as faces das reflexões. Em uma das histórias inéditas, Suni, o quadrinista relata uma experiência vivida pela mãe na infância num colégio estadual de São Paulo. O autor conta que ela veio para o Brasil ainda muito nova, e que uma das primeiras memórias da mãe é a de sua viagem no barco da imigração. A dupla-nacionalidade, carregada de culturas e impressões de mundo díspares, é um ponto levantado pelo Monge na entrevista. "É como você ser coreano e brasileiro ao mesmo tempo, e também não ser nenhum dos dois. Minha mãe viveu muito isso, e ela foi ter a consciência social de ser uma pessoa amarela quando comecei a publicar histórias sobre". Você pode se interessar em saber: 6 K-dramas com tragédias e acontecimentos da história da Coreia do Sul em seus enredos "Quando um assunto não é falado, sem nomes e referências atrelados a ele, ele parece virar algo que não existe", fala o artista. A sensação de "não-lugar" se torna palpável, e Vozes Amarelas surge como uma forma de ajudar quem vive uma realidade em que o pertencimento e a ancestralidade ainda não são visíveis. Além do mais, Gajok é outra das histórias novas do livro lançado pela HarperCollins: o relato de uma família na Coreia que é separada durante a Guerra das Coreias, com uma mãe sobrevivendo ao lado dos filhos. O quadrinho histórico toca na pauta da imigração, com que os leitores poderão entender o porquê (dentre tantos porquês) do Brasil ser um país em que imigrantes do leste da Ásia se estabeleceram e compartilharam culturas. "É uma tentativa de fazer com que pessoas amarelas possam saber o que nossos antepassados viveram e como foi a fundação de nossas famílias, e também de conscientizar um pouco aqueles que não sabem", explica Monge Han. Uma das principais coisas que me fez ter vontade de contar a história de "Gajok" , foi aquilo de muitas pessoas perguntarem: "você é japonês?", e eu responder que "não, sou coreano". E então as pessoas questionavam se eu era "coreano do Norte ou do Sul", pois segundo elas, ser "do Norte era algo ruim". Quando meus avós saíram da Coreia, o país tinha acabado de ser separado, e a Coreia unificada é algo que não existe mais. O processo para escrever e reunir as histórias de Vozes Amarelas foi complexo, pois segundo Monge Han, registrar nos desenhos os relatos de seus familiares acabou sendo algo tocante e até dolorido. Em Suni, ao registrar a história de sua mãe, o escritor conta que foi doído: "às vezes, estava desenhando uma memória em que ela sofria várias vezes. Suni foi um dos quadrinhos mais emotivos que criei para o livro, e lacrimejei em diversos momentos. A memória contada pela minha mãe já me era antiga, mas ao desenhar, você está traçando pessoas reais — era a minha mãe naquelas páginas". "Quando se está desenhando algum personagem, você acaba transmitindo e compartilhando sentimentos com ele", conta. O monge também fala que Gajok contou com muita pesquisa para a ambientação, e que a mãe do quadrinista o auxiliou muito nesse aspecto; a integração entre as memórias dos parentes com a própria vida do artista formaram o que está no livro hoje. "A experiência mais legal foi esse sentimento de conexão e entendimento". Monge Han deseja que Vozes Amarelas seja um ponto de referência àqueles que precisam Publicar um livro por métodos tradicionais tem sido algo inédito para o Monge Han, e o autor tem focado mais especificamente na reação de cada um que está lendo. Segundo o desenhista, os relatos que já viu tem sido muito bonitos. "Sinto que cumpri minha missão nesse sentido (de representar a família e as experiências dela). A própria reação da minha mãe foi algo legal, pois agora ela tem uma história sobre ela; e apesar da minha avó já ter falecido, ela (a mãe do Monge) pode vê-la no livro. Sempre vejo minha mãe muito emocionada, e quando a vejo tocada pela obra, é o que mais me realiza", explica. Ainda, Monge Han acredita que Vozes Amarelas pode trazer uma lição para alguém. Aos olhos do escritor, o livro pode servir como um ponto de referência para as discussões sobre o que é ser um amarelo brasileiro, com o relato vindo de alguém que o é: Para aquela pessoa amarela que estava procurando algum referencial àquilo que ela passa, ou ao que ela vive, o livro será o ponto de referência. Para aquela pessoa branca que tem um amigo amarelo, e que vê ele passando por coisas que ela não sabe definir, também. E até para a pessoa que transmite preconceitos sem saber o que eles significam, ele (o livro) será uma forma de chamar sua atenção para se informar. "Eu vejo essas histórias como um primeiro passo, e uma porta de entrada para essas coisas, pois o debate racial é algo complexo. Uma pessoa que se interessa em saber do assunto não deve ficar apenas no meu livro, e vai buscar por artigos, filmes e mais que abordam isso, pois há muitos detalhes a serem explorados da nossa vivência como pessoas descendentes de asiáticos no Brasil. O quadrinho pode ser um início para tal conhecimento", diz Monge Han. O escritor fala que Vozes Amarelas pode, inclusive, ser um referencial para pessoas mais novas, e que o livro poderia ser incluso em escolas e bibliotecas. O alcance do material às mãos dos jovens pode, talvez, auxiliar no entendimento de crianças e adolescentes sobre quem eles são em aspectos raciais e culturais — neste recorte, os jovens amarelos. "Se isso acontecer, eu cumpri meu papel". A respeito dos dramas e demais produtos culturais da Coreia do Sul, que chegam ao público brasileiro com maior intensidade hoje, Monge Han os vê como boas ferramentas para fazer com que a potência asiática não seja mais vista como "exótica" ou avessa; mas é importante que tais produções sejam assistidas e ouvidas com o olhar crítico e atento, para que o espectador não fetichize um povo. "Acho legal que as pessoas discutam mais sobre esses produtos, e que quem consuma também olhe com mais carinho e compaixão para as pessoas sul-coreanas brasileiras". Vozes Amarelas é geracional e, cronologicamente, ajudou o Monge Han a enxergar a própria família de maneira mais ampla. O quadrinista, durante o bate-papo, disse que a criação do livro o auxiliou a entender com maior profundidade o que seus avós passaram, e como sua árvore genealógica chegou até aqui: no autor que homenageia a ancestralidade e a existência de uma comunidade que está nas entranhas do povo brasileiro, nas páginas vívidas, empáticas e verossimilhantes do importante e necessário Vozes Amarelas — nada disso seria possível sem o coletivo e a multifacetada existência do ser humano. Você pode seguir o Monge Han nas redes sociais, e acompanhar o Café com Kimchi nelas também!
- Cherry Blossoms After Winter: Quem são os atores que farão Taesung e Haebom no BL?
Adaptação do manhwa de Banwoo foi finalmente lançado; ator da YG está no projeto (W Story/Tapytoons / Divulgação) O drama boys love Cherry Blossoms After Winter, baseado no webtoon de mesmo nome, já chegou ao público. Assim, muitas pessoas podem ficar curiosas para conhecer mais da produção, como no caso do elenco. Nisso, os atores Kang Hui e Ok Jinwook são os que interpretam os protagonistas Jo Taesung e Seo Haebom, respectivamente; e os dois já viraram queridos do público. Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre "Semantic Error", o mais recente webdrama BL de sucesso Apesar disso, você sabe mais a fundo quem são os atores que farão o casal protagonista? Saiba um pouco mais sobre Hui e Jinwook logo abaixo, que podem conquistar o grande público com a adaptação do famoso boys love. Kang Hui, que interpreta Jo Taesung, é administrado sob o selo da YG Entertainment Nascido em 1991, Kang Hui é um ator e modelo contratado da YG, que já tem projetos no catálogo desde 2016. Entre 2020 e 2021, Hui participou dos webdramas Life of Jung, Lee, Ro, and Woon e Ending Again, e este último está disponível no catálogo do VIKI para conferir. Nas redes sociais, o ator de mais de 1,80 de altura (o que combina com a caracterização de Taesung) compartilhou fotos do set na época das filmagens. Na adaptação de Cherry Blossoms After Winter, a atmosfera do ensino médio retratada continua, apesar dos atores não pintarem os cabelos para imitar os personagens (algo que, de fato, não costuma acontecer nas produções BL). Leia também: Conheça doramas "enemies to lovers", com protagonistas que se odeiam no início Ok Jinwook é cantor, e faz parte de um quinteto de trot Ok Jinwook está no início de sua carreira como ator, e em 2021, o artista estreou nos doramas com a produção Be My Dream Family, da KBS. Isso se deve ao fato de Jinwook, na verdade, ser parte do Super Five: um grupo de trot escolhido a dedo pela cantora Jang Yoojung, a “Rainha do Trot” na Coreia do Sul. Além de Jinwook, o Super Five é formado pelo MJ do ASTRO, o Hui do Pentagon, Park Hyungsuk e Choo Hyukjin, que fazia parte do grupo A.cian. Os rapazes foram unidos durante o programa Favorite Entertainment da emissora MBC, e divulgaram dois singles do gênero trot até então. Cherry Blossoms After Winter já está sendo transmitido, e terá oito episódios no total Lançado em fevereiro, Cherry Blossoms After Winter terá oito episódios baseados no manwha original, e irá adaptar até certa parte da história. O BL pode ser conferido no VIKI também, e até agora (abril de 2022) foram transmitidos seis capítulos. Para quem ainda não conhece, em Cherry Blossoms After Winter conhecemos Haebom e Taesung, dois estudantes do ensino médio que convivem juntos desde a infância. Depois de perder os pais, Haebom muda-se para a casa de Taesung sob os cuidados da mãe do amigo, mas a falta de comunicação entre os garotos faz com que a relação deles enfraqueça com o tempo. Imagens dos bastidores de "Cherry Blossoms After Winter" (W Story/Divulgação) O boys love apresenta o amadurecimento dos meninos, e mostra como um reconquista a confiança do outro na transição entre a juventude e a fase adulta.
- THE STAR SEEKERS: O que você precisa saber sobre o webtoon do TXT?
Com lançamento marcado para 16 de janeiro, o novo projeto do boygroup da HYBE é uma aventura que mistura fantasia e realidade (Reprodução/LINE & HYBE) As webtoons - quadrinhos digitais - são uma sensação na Coreia do Sul, principalmente, após a alta demanda de adaptações audiovisuais. A HYBE prova que os quadrinhos ainda podem se expandir mais ao uni-los com a música. Entre o novo projeto está o The Star Seekers, destinado ao TOMORROW X TOGETHER, também conhecido como TXT. A trama mostra Yeonjun, Soobin, Beomgyu, Taehyun e Hueningkai inseridos em uma ficção no dia 16 de janeiro. A obra está inclusa na coleção de quatro HQs e web novels desenvolvidos para mais dois agenciados da empresa: 7 Fates: Chakho do BTS e Dark Moon do ENHYPEN. Além do Crimson Heart, que até o momento não é destinado a um artista específico. Apesar do anúncio em novembro, a história de The Star Seekers (TSS) acompanha o quinteto desde o debut e ainda há muito para saber sobre o universo construído para o TXT até o dia da estreia. Leia também: Nevertheless na Netflix: Conheça a webtoon que deu origem ao dorama e saiba onde ler Anúncio e Divulgação A HYBE revelou, por meio de uma transmissão do Community Briefing, os planejamento para os três boygroups: BTS, ENHYPEN e TXT. Dessa forma, o público foi informado sobre os novos conteúdos para o trio em 2022, em parceria com a Naver Webtoon - plataforma de quadrinhos digitais -, como o The Star Seekers. A conta THE STAR SEEKERS by HYBE (@THESTARSEEKERS_) abriu oficialmente no começo de novembro, com uma prévia que pouco revela sobre o rumo da história, junto com uma imagem do quinteto. Somente em janeiro as divulgações começaram de verdade, com o cronograma de publicações e um vídeo introdutório. Dessa vez, a produção elaborada agrega mais detalhes fantasiosos, além de novas fotos individuais e em grupo. A divulgação dividiu as imagens conceituais em cinco temas: The Star Seekers, Star One, Boys of Destiny, Five Boys e Together. Para completar, o Story Film — breve vídeo de apresentação da história — agrega mais uma grande produção ao projeto, cada personagem é apresentado em um ambiente similar a uma escola de magia. O universo de The Star Seekers Na história da webtoon, um grupo de K-Pop vive em um mundo mágico, onde a realidade e a fantasia coexistem. O quinteto deve se unir para lutar contra os segredos em torno da queda do mundo. Assim, ficção e o real se misturam com os elementos fantásticos, como animais imaginários e performances mágicas. As fotos de Boys of Destiny e Five Boys se destacam ao apresentar as posições e nomes dos integrantes na ficção. O Soobin é o arqueiro chamado Soule, Yeonjun é o cavaleiro Eugene, Beomgyu é o druida Viken, Taehyun é o mago Taho e, por fim, Hueningkai é o invocador Avys. Pode-se dizer que as funções de cada membro se assemelham com as de um jogo de RPG. A série será publicada nas plataformas Naver Webtoon, LINE e Wattpad, com capítulos semanais, porém, não há informações a respeito da quantidade. Além disso, o conteúdo é pago, com exceção do primeiro capítulo. A trama estará disponível em 10 idiomas, na versão em quadrinho e webnovel. (Reprodução/HYBE) Leia também: Yumi's Cells: Dorama baseado em webtoon explora as emoções no estilo "Divertidamente" O projeto não é uma novidade para o fandom do TXT. Anteriormente, o TSS era conhecido como TU ou +U, abreviação para TOMORROW X TOGETHER Universe. A trama é um quebra-cabeça para os Moas, logo, há expectativas para que partes das dúvidas que são discutidas entre eles, sejam respondidas agora. O +U antes da webtoon Desde o debut em março de 2019, o TXT desenvolve o +U. Para apresentá-lo, a última música dos álbuns - com exceção de Magic Island - são escolhidas para integrarem a narrativa. São elas: Nap of a Star (TDC: STAR), Magic Island (TDC: MAGIC), Eternally (TDC: ETERNITY) e Frost (TCC: FREEZE). As canções em questão recebem uma produção mais elaborada e, por vezes, ultrapassam o tempo de um Music Video normal. Por exemplo, o Eternally possui 20 minutos de duração. O foco se distancia da música e passa a ser mais nas cenas construídas. O grupo é conhecido por abordar tópicos específicos em suas músicas, os quais também são temas do universo, como: autoaceitação, amizade e exclusão. Vale lembrar que a webtoon não é o primeiro contato que os fãs têm com o novo nome do +U. Em abril de 2021, meses antes do grande anúncio da HYBE, os fãs foram surpreendidos com The Doom's Night, uma animação de 10 minutos que cruza com a premissa do quadrinho e mostra pontos não vistos nos MV de +U. Na abertura é possível ver a logo do TSS. A partir disso, para tornar mais fácil a identificação de fragmentos que compõem a narrativa, os trabalhos passaram a ser acompanhados pelo selo “The Star Seekers”. Porém, é importante frisar que nem todos o possuem, mas ainda assim estão relacionados. Como é o caso do minisode1:Blue Hour, EP de outubro de 2020, que não está oficialmente inserido, mas possui certos pontos de conexão. Por exemplo, quando a versão VR antecipou as funções de cada membro membro, mostradas no Boys of Destiny. Na ocasião, eles apareceram como personagens de jogos, com funções, pontos de habilidades e fraquezas. É notório que os elementos apresentados para o TSS não estão dispostos aleatoriamente, mas construídas ao longo dos quase três anos em que o TXT está ativo. Essas histórias são contadas por meio de várias formas de mídia: Music Videos, prévias de lançamentos, photocards e, inclusive, no livro ilustrado The Tale of a Magic Island. Leia também: Cherry Blossoms After Winter: Quem são os atores que farão Taesung e Haebom no BL? A aguardada estreia da HQ está marcada para 16 de janeiro, às 23h, horário de Brasília. A publicação será semanal, disponível em 10 idiomas nas plataformas Naver Webtoon, LINE e Wattpad.
- The New Employee e outros: Conheça dramas BL coreanos baseados em webtoons e HQs
Ainda mais pessoas estão assistindo e conhecendo o gênero Boys Love, e títulos como "Semantic Error", "Blueming" e outros estão na lista (Next Entertainment World/Watcha/W Story/Divulgação) Com o início de 2023, os fãs de dramas já podem esperar pela chegada de mais produções coreanas Boys Love nos próximos meses. Como um gênero que tem se firmado no audiovisual já há algum tempo, o BL integra a lista de tipos de doramas que foram adicionados no streaming e que estão sempre presentes em fóruns. E mais recentemente, The New Employee estreou no VIKI para integrar o vício dos que adoram os enredos. Para além de The New Employee, que tal conhecer ou até mesmo relembrar de alguns BLs que também são inspirados em webtoons? Os quadrinhos digitais são fonte de inspiração para produções do gênero, e há títulos que já caíram nas graças do público. Das HQs para o vídeo, os Boys Love não devem parar de trazer novidades tão cedo. Continue lendo a lista para conferir produções BL baseadas em quadrinhos, que poderão ser boas adições às watchlists do ano! 7 títulos do gênero Boys Love que foram inspirados em webtoons e demais obras 1. The New Employee (2022-2023) / VIKI Já mencionado acima, The New Employee prometer entregar aos espectadores uma trama leve de romance de escritório. Aqui, o personagem Seung Hyun (feito por Moon Ji-yong) está prestes a começar um estágio numa grande empresa de publicidade, que poderá lhe abrir portas para uma grande carreira; que é o seu maior desejo. Apesar disso, logo no primeiro dia, Seung Hyun conhece um executivo aparentemente frio e nada simpático. Para sua surpresa, tal desconhecido é o seu chefe dentro da empresa: Kim Jong-chan (Kwon Hyuk). Agora, enquanto enfrenta os desafios do trabalho para se destacar e ter experiências, Seung Hyun também lidará com os sentimentos que afloram entre ele e Jong-chan. A adaptação de The New Employee teve início em dezembro de 2022, e novos episódios sairão em 2023. Leia também - Lookism: Confira a nova animação sul-coreana da Netflix e conheça outras para assistir 2. Cherry Blossoms After Winter (2022) / VIKI Bastante aguardado na época da estreia, Cherry Blossoms After Winter trouxe ao audiovisual o manhwa escrito por Banwoo. Na história, o personagem Haebom (Ok Jinwook) tem vivido com Taesung (Kang Hui) e a mãe do garoto desde que seus pais faleceram. Inicialmente muito amigos, os jovens perderam contato ao longo do tempo apesar de viverem sob o mesmo teto; mas as coisas podem mudar na atualidade, ao que ambos estão no ensino médio e os acontecimentos da escola passam a afetar a relação. Cherry Blossoms After Winter pode ser visto completo na plataforma VIKI. 3. Semantic Error (2022) / VIKI É impossível ter assistido aos BLs de 2022 e não ter se deparado com Semantic Error, não é? A produção que está disponível no VIKI foi um grande destaque da dramaland no ano passado, e até chegou a concorrer em categorias de premiações. O Boys Love mostra a história de Chu Sang-woo (feito por Park Jae-chan do grupo DKZ), um estudante de ciências da computação que decide tomar todos os créditos de um projeto após ser deixado de lado pelos colegas. Na empreitada, Sang-woo acaba prejudicando o aluno Jang Jae-young (Park Seo-ham), que é de um curso totalmente diferente do seu; mas ambos precisam trabalhar juntos para consertar o erro. A aproximação dos personagens começa a acontecer, e sentimentos poderão surgir. 4. Color Rush (2020) / VIKI Lançado em 2020 e presente no VIKI, o drama Color Rush foge um pouco das tramas mencionadas antes. Aqui, o garoto Yeon Woo (Yoo Jun) consegue apenas enxergar tons de cinza por conta de uma cegueira neurológica, e cresceu sem poder distinguir as cores que existem no mundo. Entretanto, as coisas mudam quando Yeon Woo conhece Yoo Han (feito por Hur Hyun Jun), e o universo ao redor é tomado pelo arco-íris quando os rapazes ficam próximos. Ao se relacionar com Yoo Han, Yeon Woo decide pedir ajuda ao novo "amigo" na busca por sua mãe, que desapareceu há anos. Color Rush possui uma continuação (Color Rush 2), e vale dizer que a produção foi originária de uma web novel, ao invés de um webtoon. 5. In Between Seasons (2016) / Web Exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Busan, In Between Seasons é inspirado na graphic novel de mesmo nome lançada em 2013. A produção, que no caso é um filme ao invés de uma série, apresenta a relação entre uma mãe e seu filho após a chegada de um novo garoto na vida da família. Anos depois, já na idade adulta, um acidente fará com que o jovem desconhecido e a mãe de seu melhor amigo se aproximem, e revelem segredos um para o outro. In Between Seasons foi escrito e dirigido por Lee Dong-eun, que também é o autor do quadrinho original. É possível encontrar o longa do circuito LGBTQ+ coreano em alguns sites da internet. Leia também aqui no site - Mês do Orgulho: 7 filmes sul-coreanos com temática LGBTQ+ 6. Blueming (2022) / iQIYI A produção Blueming está no streaming da iQIYI, e também foi uma das principais novidades de 2022. No BL, o protagonista Cha Si-won (Kang Eun-bin) tem um grande objetivo para seu novo ano de estudos: ser alguém popular. Para isso, Si-won decide adotar uma postura nova que o faça ser mais carismático, no intuito de fazer parte dos alunos mais prestigiados pelos colegas. Mas é claro que as coisas não serão fáceis. Logo no início das aulas, Si-won conhece Hyeong Da-un (Jo Hyuk-joon), um estudante que também parece ser extremamente amigável, vindo de família rica e bem-sucedido. Agora, o personagem terá um forte concorrente na hora de conseguir notas altas e agradar a todos, quando os dois rapazes passam a se encontrar pelos corredores. Blueming foi baseado na história Who Can Define Popularity?, que passou por algumas mudanças na adaptação. 7. The Director Who Buys Me Dinner (2022-2023) / iQIYI The Director Who Buys Me Dinner, que está no iQIYI, é um dos lançamentos mais recentes entre os Boys Love. No enredo, dois personagens possuem um histórico extenso de reencarnações, mas apenas um deles se lembra de tais vidas passadas. Na atualidade, os protagonistas se reencontram como funcionários de uma empresa, e um tentará conquistar o outro para quebrar a maldição da reencarnação repetidas vezes. Os episódios de The Director Who Buys Me Dinner ainda estão sendo lançados, ao que a estreia ocorreu em dezembro. Conhece algum outro título que poderia estar na lista? Nos conte mais nas redes sociais do Café com Kimchi!
- Além de As Três Irmãs: Veja outros k-dramas que foram baseados em livros
A série baseada no livro "Mulherzinhas", de Louisa May Alcott, não é a única da indústria inspirada na literatura mundial; confira outros títulos (Divulgação / Netflix / TvN) As Três Irmãs, série da Netflix, lançou em setembro desse ano e, desde então, se tornou uma das séries de maior sucesso da plataforma, chegando a aparecer no Top 10 Mais Assistidos do streaming. A série é baseada em um clássico literatura, Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, um livro lá do século XIX, e que até hoje inspira vários autores e roteiristas. A produção sul-coreana surpreendeu positivamente o público e os críticos, devido à complexidade e pelo elenco de peso, que inclui Kim Goeun, de Yumi’s Cells, Nam Jihyun, de Suspicious Partner e um rosto novo, mas de muito sucesso, a Park Jihu, que estrelou All Of Us Are Dead, que inclusive foi renovada para segunda temporada. Mas você sabia que esse não é o único dorama inspirado na literatura coreana e internacional? São vários nessa lista, e nós trouxemos alguns para você que gosta de séries que são adaptações de livros. Confira abaixo e veja se algum te interessa: A Enfermeira Exorcista (2020) (Divulgação / Netflix) Apesar do nome com carinha de terror, não precisa se preocupar, essa é uma série de fantasia. A série da Netflix é baseada no livro Professora de Enfermagem, Ahn Eun Young, de Jung Serang, e além da temática fantasiosa, também contém comédia. O k-drama vai falar sobre uma jovem enfermeira, Ahn Eun Young, interpretada por Jung Yumi, que é contratada para trabalhar em um colégio de ensino médio. Lá, começam a surgir alguns acontecimentos estranhos, e, graças a um poder que ela tem, ela consegue ver os monstros que estão causando caos na escola. Quando as coisas começam a sair do controle, ela precisa da ajuda do professor Hong In-pyo, personificado por Nam Joo-hyuk, para derrotar os monstros que apenas ela consegue enxergar. Os seis episódios estão disponíveis na Netflix, prontinhos para serem assistidos. Ah, importante! Algumas pessoas com tripofobia (medo de pequenos buracos) relataram que não conseguiram nem terminar o primeiro episódio, e alguns disseram que era muito pontual na série, mas não a ponto de incomodar. Caso você tenha essa condição, talvez não seja uma boa ideia assistir a essa série. Mas não se preocupe que selecionamos outros títulos que com certeza vão servir e agradar! Cinderela e os quatro cavaleiros (2016) (Divulgação / TvN) A série é uma adaptação de um livro de mesmo nome, que por sua vez é uma releitura do clássico infantil, Cinderela. A história acompanha Eun Hawon (Park Sodam), uma aluna de ensino médio que sonha em se tornar professora, até que sua mãe morre em um acidente de carro e seu pai se casa novamente, e sua madrasta rouba todas as suas economias. A partir disso, Hawon começa em trabalhos de meio período para conseguir todo dinheiro que havia perdido, e um dia ajuda um velho rico, que muda sua vida completamente. Ele oferece a ela moradia e o trabalho de governanta da casa, na esperança de que ela ajude seus três netos a se tornarem pessoas melhores. Além dos três jovens bonitos e irresistíveis, ainda se soma a essa história o guarda-costas bonitão dos meninos. Hawon se encontra em uma relação amorosa complicada, e quem ela escolherá no fim? A série tem 16 episódios e está disponível na Netflix ou, caso você não seja assinante, está disponível gratuitamente no Viki. King Maker: A Mudança do Destino (2020) (Divulgação / Viki) Essa série histórica é uma adaptação do livro Wind, Clouds and Tombstone de Lee Byung-joo, lançado nos jornais coreanos entre 1977 e 1987. A história acompanha uma briga pelo poder e governo da Coreia durante a Dinastia Joseon. Choi Cheon Joong (Park Shi hoo), um grande vidente e fisionomista, além de lutador de artes marciais, decide enfrentar seu maior desafio ao tentar substituir o regime corrupto de seu país pelo governo de um príncipe de uma linhagem real menor, que ele crê ser a melhor opção. Ele encontra o que seria a melhor escolha para uma consorte: uma menina de origem humilde e moradora de rua. Então, Cheon Joong vai usar todos os seus poderes para transformar os dois nos novos governantes. No meio do caminho, ele recebe ajuda de uma princesa que também é vidente, a Hwang Bong Ryun (Go Sung Hee) e eles começam a desenvolver sentimentos um pelo outro. A série está disponível de forma gratuita no Viki, e vale super a pena assistir para conhecer um pouco mais sobre a cultura coreana e sobre a Dinastia Joseon, que é super importante para a história do país. Seduzida (2018) (Divulgação / MOC) Essa série é inspirada em uma obra francesa muito antiga, do século XVIII, chamada As Ligações Perigosas, do autor Choderlos de Laclos. O dorama trata sobre amor, traições, decepções amorosas, de tudo um pouco pro caos. Três amigos de infância, Choi Su-ji (Moon Ga Young), Kwon Si-hyeon (Woo Do-hwan) e Lee Se-ju (Kim Min-jae) já passaram por muitas coisas juntos, inclusive o término de namoro de Suji e o casamento dos pais de Si-hyeon e Suji. Em um determinado momento, surge Eun Tae-hui (Joy), uma jovem universitária que calhou de ser o primeiro amor do ex de Suji. Muitas reviravoltas, paixões e desilusões norteiam esse k-drama. A série está disponível no Viki, na versão paga da plataforma e pelo Kocowa+. Caso você não tenha nenhum desses streamings, vale a pena dar uma conferida em fansubs porque com certeza tem esse título em algum deles. A Love so Beautiful (2020) (Divulgação / Netflix) A Love So Beautiful é uma série inspirada em To Our Pure Little Beauty, de Zhao Qianqian, que deu origem a uma série chinesa e posteriormente à versão coreana e está disponível na Netflix. O dorama acompanha a vida de cinco estudantes do ensino médio desde os momentos na escola até o início da vida adulta. Shin Sol-i (Soo Joo-yeon) é uma menina que nutre sentimentos por seu colega e vizinho, Cha Heon (Kim Yo-han), e se confessa para ele repetidas vezes, mas nunca teve resposta, já que para ele é muito difícil expressar qualquer tipo de sentimento. Um dia, Woo Dae-seong (Yeo Hoe-hyun), um nadador da equipe nacional, se muda para a mesma escola que eles e se apaixona por Sol-i. Leia também: Triângulos amorosos: 7 doramas que dividem o dramaland Café Minamdang (2022) (Divulgação / Netflix) Café Minamdang é uma série da Netflix baseada na web novela Minamdang: Case Note da escritora Jung Jae-ha, publicado na KakaoPage e vencedor da competição de web novelas da plataforma. O K-drama acompanha Nam Han-jun (Seo In-guk), um ex-perfilador da polícia e que virou um fraudador - ele usa um disfarce de xamã para enganar suas vítimas. Além de ganhar dinheiro fácil dos clientes, ele também se envolve em casos deles e os ajuda a resolver problemas, e até oferece consultoria. Ele não trabalha só, seus parceiros são Su-Cheol e Nam Hye-Jun, e, eventualmente, sua irmã certinha e super hacker, Han Jae-Hui (Oh Yeon-seo), acaba envolvida nos esquemas do irmão fraudulento. Já assistiu algum desses? Conta pro Café nas redes sociais, vamos gostar de saber!
- Pachinko e outros livros coreanos que você precisa adicionar na sua lista de leitura
A obra de Min Jin Lee virou um dorama da Apple TV+, mas há outros bons romances da Coreia do Sul que também valem a pena conferir! (Reprodução/Google) Pachinko é o assunto do momento! Baseado no best-seller no New York Times, escrito por Min Jin Lee, o dorama adaptado da obra homônima chegará ao catálogo da Apple TV+ em 25 de março. O livro, publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, foi um dos grandes sucessos no ano de lançamento e entrou para a lista de romances favoritos de Barack Obama em 2019. O enredo da história gira em torno de Sunja, uma adolescente de 16 anos que se apaixona e engravida de Hansu, um empresário mais velho que passa a sondá-la. Ao descobrir que o homem é casado e tem filhos, Sunja o renega como pai, dando início a uma saga de quatro gerações de sua família, marcada pela colonização japonesa, xenofobia, guerras, vergonha e não-pertencimento. Além do famoso livro que contextualiza a história sul-coreana desde o início do século XX, há muitas outras obras interessantes sobre o país asiático, ficcionais ou não, que valem a pena ser lidas. Por isso, o Café Com Kimchi preparou uma seleção de publicações que você precisa adicionar na sua lista de leitura! Por Favor, Cuide da Mamãe A promessa deste livro é que “você nunca mais vai pensar na sua mãe da mesma maneira após esta leitura”. Escrito por Shin Kyungsook, o best-seller Por Favor, Cuide da Mamãe é um dos favoritos de Kim Namjoon (RM, líder do BTS) e conta a história de Sonyo, uma mulher de 69 anos que se perde do marido na multidão de Seoul e desaparece. Desesperados, seus filhos buscam por ela e acabam descobrindo desejos, mágoas e segredos que jamais imaginavam que a matriarca guardava em seu coração. Atos Humanos Com uma história que pode lembrar bastante o cenário político do dorama Snowdrop, Atos Humanos, de Han Kang, é ambientado no período de revolta estudantil na Coreia do Sul, quando um jovem chamado Dongho é brutamente morto. A partir deste trágico acontecimento, uma série de problemas se desenvolvem com diferentes personagens que incluem seu melhor amigo, um editor que luta contra a censura ditatorial, um presidiário e um operário de fábrica. Distribuída pela Editora Todavia, a história narra dores, desgostos coletivos e um povo traumatizado que tenta fazer com que sua voz seja ouvida. Kim Jiyoung, Nascida em 1982 Chegando às prateleiras de todo o Brasil em março, pela Editora Intrínseca, Kim Jiyoung Nascida em 1982 é uma trama que acompanha a deterioração mental de uma mulher atingida profundamente pela misoginia. A protagonista Kim Jiyoung vive em seu apartamento em Seoul, cuidando de sua filha recém-nascida quando começa a ter comportamentos estranhos, como a personificação de outras mulheres, vivas e mortas. Preocupado, seu marido a leva a um psiquiatra e a mente de Jiyoung viaja para todos os momentos em que foi mais doloroso ser uma mulher na Coreia do Sul. Shine: Uma Chance de Brilhar Se engana quem acha que só de K-pop vive um idol. Podendo ocupar setores diversos que vão desde a moda até a atuação em doramas e filmes, um cantor sul-coreano tem muitas possibilidades de carreira. No caso de Jessica Jung, ex-integrante do grupo Girls Generation, não foi diferente e a artista se dedicou a escrever o conto ficcional intitulado Shine: Uma Chance de Brilhar. Publicado no Brasil pela Intrínseca, o livro acompanha Rachel Kim, uma jovem que luta para estreiar como cantora de K-pop e precisa enfrentar pressão estética, rotinas arbitrárias, dietas restritivas e competições acirradas para realizar o seu sonho. Há quem diga que o livro é baseado em histórias reais dos bastidores da indústria da música sul-coreana… Nossas Horas Felizes Popular na Coreia do Sul, o livro Nossas Horas Felizes conta uma história ambientada no corredor da morte. Escrito por Gong Jiyoung, o romance acompanha Yujung, uma mulher que se recupera de sua terceira tentativa de suicídio quando recebe a visita da tia, que insiste que a mesma a acompanhe para uma visita a presidiários condenados à pena de morte. Chegando lá, Yujung conhece Yunsoo, um assassino ao qual se apega e cria uma relação de confiança, em que ambos compartilham seus segredos mais íntimos e as dores que moldaram suas vidas. Conectados, eles sabem que seus momentos felizes serão breves. O Bom Filho Quem gosta de histórias sobre crimes, certamente vai se interessar por O Bom Filho. A trama escrita por Jeong Yujeong conta a história de Yujin que, certa manhã, acorda com um estranho cheiro metálico e um telefonema de seu irmão perguntando se está tudo bem em casa. Ao perceber que perdeu uma ligação de sua mãe no meio da noite, continua vagando pela casa e logo descobre o corpo da mulher banhado em uma poça de sangue. Por sofrer convulsões na maior parte de sua vida, sua memória ficou afetada mas, enquanto tentava descobrir o que aconteceu, lembrava de sua mãe chamando seu nome. Mas ela estava pedindo ajuda ou implorando pela própria vida? Sukiyaki de Domingo Com o grande sucesso da música, cinema e televisão coreana, é comum que tenhamos dificuldade em imaginar que a Coreia do Sul tenha pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza — afinal, com que frequência esse retrato é mostrado em seus produtos, senão em uma situação tão pouco usual quanto em Round 6? Em Sukiyaki de Domingo, são contadas muitas histórias de pessoas vivendo com o mínimo, em situações precárias, esquecidas pelo governo, em periferias tão semelhantes às de quaisquer países de terceiro mundo. Se você deseja conhecer um novo e desconfortável ângulo da sociedade sul-coreana, esta é uma leitura indispensável. A Espera A autora Keum Suk Gendry-Kim descobriu, quando adulta, que tinha sido separada de sua irmã durante a Guerra da Coreia, que dividiu o país em dois. Inspirada pela própria história, decidiu entrevistar outros coreanos separados pela guerra e, assim, nasceu a história fictícia (mas fundamentada em fatos reais) intitulada A Espera. O livro acompanha Gwija, uma adolescente de 17 anos que, quando soube que os japoneses estavam sequestrando mulheres solteiras, se casou às pressas com um homem que não conhecia. Os dois formaram uma família de quatro pessoas e, em meio à colonização e a consequente queda do Japão, fugiram para o sul da Coreia. Porém, na estrada, enquanto amamentava, Gwija foi separada do marido e de seu outro filho. Setenta anos depois, a filha de Gwija, Jina, está disposta a cumprir a promessa de encontrar seu irmão perdido.
- "Amêndoas", livro da autora Sohn Won-pyung, retrata emoções onde você não pode encontrá-las
Obra coreana, publicada no Brasil pela Editora Rocco, conta história sensível sobre garoto que não pode expressar sentimentos Quando se tem originalidade, personagens bem elaborados e cheios de personalidade, se tem tudo - ou quase tudo. Uma trama com desenvolvimento lento, esperançoso, drama equilibrado e realista são características que definem bem o que é a história de Yunjae, protagonista de Amêndoas, obra da autora coreana Sohn Won-pyung. De cara, o livro que chegou ao Brasil pela Editora Rocco traz curiosidade por seu ponto principal partir de uma condição pouco falada, e continua sendo cativante pela forma como a história se desenrola. Por ter uma essência única, Amêndoas também encantou Suga e RM do BTS, recebendo ainda mais a atenção entre os bookstans K-poppers. Leia também: Pachinko e outros livros coreanos que você precisa adicionar na sua lista de leitura Ainda bebê, Yunjae não esboçava muitas reações, característica que preocupava sua mãe. Ela percebia que seu filho era diferente de outras pessoas com o passar do seu desenvolvimento. Por fim, foi atrás de desvendar o que tornava sua criança tão única, e aí veio o diagnóstico: alexitimia, o mau desenvolvimento das amígdalas, que impede a distinção e expressão de sentimentos. Por isso, por muito tempo o garoto foi visto como insensível e por toda sua vida teve dificuldades para se adaptar com as pessoas, a realidade e o mundo ao seu redor. Sua mãe e sua avó fazem de tudo para tornar sua vida um pouco mais fácil, tentavam explicar a melhor forma de reagir aos sentimentos alheios e como reagir em certas situações. Quando Yunjae enfrenta uma situação desafiadora, ele precisa lidar sozinho com várias questões, entre elas o luto. A partir daí, ele precisa reaprender tudo que lhe foi ensinado, sozinho sair de sua zona de conforto e alcançar um equilíbrio entre si próprio e o mundo externo. "Eu tenho amêndoas em mim, assim como você, assim como quem você ama e odeia. Mas ninguém consegue senti-las. Você só sabe que elas existem." O livro condecorado pelo Prêmio Changbi de Ficção Para Jovens Adultos é muito rotineiro e até certo ponto é leve, e ressalta como Yunjae tentava se adaptar, ou melhor, passar despercebido em seu dia-a-dia, em um cenário comum para a maioria das pessoas, mas portando consigo uma condição complicada como a sua. Porém, o mundo ganha outra percepção quando o menino lida com os sentimentos mais intensos e começa a conhecer outras pessoas. Tudo é muito tenso quando não se sabe a forma certa de reagir a certos acontecimentos, principalmente quando se está sob julgamento o tempo todo. Sob o olhar de Yunjae, que narra todas as páginas, o mundo se torna diferente, pois ele quer que seja, e se esforça para isso. O garoto descobre o que é a amizade e o romance, que não passam em branco mesmo com suas amígdalas mal desenvolvidas. O que mais impressiona, é que embora seja cercado de esperança e expectativas, em nenhum momento Amêndoas segue com vestígios de cura, mas transpassa um olhar da vida como ela é, cheia de dificuldades, descobertas, expectativas - e está tudo bem ser assim. Leia também a respeito de literatura - Além de As Três Irmãs: Veja outros k-dramas que foram baseados em livros "Não existe uma pessoa que não possa ser salva. Só existem pessoas que desistem de tentar salvar os outros." O ponto forte da história é o equilíbrio entre o que é realista e a imaginação - e para mim, é onde ela peca também. Porém, ainda falando desse aspecto de forma positiva, Amêndoas se torna muito cativante quando outras figuras entram nas páginas, como Gon, um garoto problemático, Dora, a mocinha sonhadora, Dr. Shim, o padeiro e seu amigo Professor Yun. Todos eles foram essenciais para mudar a vida de Yunjae, e mesmo sendo importantes para esse desenvolvimento, a obra ainda continua bastante pessoal e totalmente voltada para o protagonista e como viver sob a sua condição, mas as outras pessoas complementam bem com suas experiências pessoais. O contexto social onde Yunjae estava inserido por todos os seus anos desde o diagnóstico, passou a ser visto de forma diferente por ele mesmo, porque ninguém pode o ensinar a distinguir emoções ou como senti-las, por mais que tentassem. Uma característica forte na história, é sentir frustração por tudo que o rapaz não conseguia expressar, e até mesmo saber que deveria expressar. Alexitimia, a condição que conduz a história, já é algo completamente novo para muitos leitores, é pouco palpável e por mais que cause empatia, o leitor se vê distante dos fatos, trazendo um conflito de emoções, e de certa forma, sem enxergar como tudo pode se tornar diferente disso. A autora apelou para a necessidade de ter o fim triunfal e aliviador que todos esperam, embora nem toda obra tenha obrigação de ter esse papel. Não é sobre escolher um outro fim, mas refletir a ideia de que certos caminhos são feitos para serem tomados pela simplicidade, e é ali que mora a essência da história, um final feliz, nem sempre quer dizer ser “feliz” como a gente quer e espera. Alexitimia, o distúrbio retratado em "Amêndoas", existe? A alexitimia não é uma invenção de Won-pyung para compor sua obra, e sim, um distúrbio que realmente existe. Quem tem essa condição, não consegue distinguir ou expressar sentimentos, assim como acontece com Yunjae. Porém, para os médicos, existem várias teorias acerca do que provoca este distúrbio. De acordo com o ITAD (Instituto de Apoio e Desenvolvimento), existem teorias que envolvem o psíquico, situações sócio-culturais e neurológicas, sendo essa última, a razão apresentada pela autora do livro, em que as amígdalas estão ligadas ao hipocampo responsável por memórias de boas e más sensações, portanto quem não as tem bem desenvolvidas, não consegue fazer distinção ou expressar sentimentos. Ainda, os estudos sobre alexitimia explicam que a tendência de seus portadores é de se isolar, evitar amizades e estar em grupos. E o ideal para quem a porta, é sempre fazer acampamento psicológico para ter melhores condições de vida. Você já leu "Amêndoas"? Não se esqueça de acompanhar o Café com Kimchi também nas redes sociais!
- "Toda a Beleza ao Redor" é leitura obrigatória para conversas sobre racismo contra pessoas asiáticas
O livro da autora X. Tian está disponível no Brasil, publicado pela Editora Rocco (Divulgação/Editora Rocco) Discussões raciais são sempre repletas de ramificações. Não existe apenas um “lugar de fala” dentro de uma comunidade tão plural e opressões podem ser segmentadas por recortes mais generalistas como gênero, classe social e sexualidade, que abrem caminhos para mais e mais ramos a serem explorados. No caso de “Toda a Beleza ao Redor”, livro da autora X.Tian, a linha que divide uma experiência racial da outra é tênue; às vezes sutil e simultaneamente perceptível. Na obra, publicada em junho no Brasil pela Editora Rocco, conhecemos as irmãs sino-americanas Annalie e Margaret Flanagan. A primeira é loira e tem olhos claros, como o pai americano, enquanto a segunda tem todos os traços de sua mãe chinesa. Um dia, a garagem da casa delas é vandalizada por uma ofensa racista e a busca pelo autor do crime de ódio vai tirá-las de suas zonas de conforto e levantar discussões que vão desde a passabilidade branca até o não-pertencimento. O relacionamento entre as duas personagens principais é quebrado, considerando não somente o fato de que a família foi abandonada pelo pai e a mãe é uma figura extremamente frustrada e conservadora, mas também por estarem distantes até quando dividem o mesmo espaço físico. O livro é repartido em pontos de vista das duas e isso não é um problema, mas as raras trocas entre Annalie e Margaret causam certo estranhamento — e, provavelmente, esse desconforto foi intencional por parte da autora. Leia também — "Amêndoas", livro da autora Sohn Won-pyung, retrata emoções onde você não pode encontrá-las A trama tem como ponto de partida a insaciável vontade de Margaret em ver a justiça sendo feita e o racista recebendo a punição que merece. Esta busca, no entanto, é mais interessante pelo modo em que Annalie começa a perceber a realidade em torno de toda a sua existência. Ela cresceu ouvindo que “não parecia asiática” como um elogio e não quis se enxergar como vítima de um crime de ódio quando o caso foi repercutido na cidade. É interessante observar sua percepção se tornando cada vez mais apurada sobre a opressão racial que sempre a cercou, mesmo que não explicitamente. Margaret, por outro lado, nunca viveu uma vida em que não fosse o alvo nítido de tal violência. São as ações e falas dela, inclusive, que colocam o leitor em posição de atenção genuína sobre como o racismo contra pessoas asiáticas opera e como os agressores e supostos "aliados" agem quando são desafiados a se posicionar. “Toda a Beleza ao Redor” tem uma linguagem inteligível e uma escrita fluida que colaboram com o nosso entendimento sobre a dor da chamada “minoria modelo”, que nunca esteve tanto no centro dos debates quanto agora — mas que, definitivamente, continua sendo alvo de violência racial. O livro é quase didático quando nos leva a compreender a complexidade e o sentimento de não-pertencimento na mente, emocional e cotidiano de pessoas racializadas em um meio majoritariamente branco. “Falar sobre racismo é mais ofensivo do que um crime de ódio. As pessoas prefeririam que eu apenas ficasse triste, sozinha e de boca fechada. Então, eles poderiam ser os heróis e expressar simpatia sem se sentir desconfortáveis” — Margaret Flanagan, em “Toda a Beleza ao Redor”. X. Tian e sua inspiração para escrever “Toda a Beleza ao Redor” (Reprodução/Cassie Gonzales) X. Tian nasceu na China e foi morar nos Estados Unidos após completar um ano de vida. Formada em História e Direito, a autora começou a escrever “Toda a Beleza ao Redor”, seu primeiro livro, após as eleições de 2016 nos Estados Unidos, mas já tinha certa experiência na escrita literária devido as fanfics que produzia. Na época, o republicano Donald Trump tinha sido eleito como presidente do país. Em entrevista ao site Book Web, ela explicou que esse período fez emergir a necessidade de um desabafo. “Lembro-me de estar muito perdida e apenas querendo encontrar uma maneira de escrever sobre esse sentimento de que a casa que eu amava, de repente, parecia que havia me rejeitado.” Não muitos meses depois, em fevereiro de 2017, um caso de racismo aconteceu com uma família asiática em Minnesota, na região centro-oeste dos Estados Unidos. Eles tinham se mudado há dois meses e a garagem do portão deles foi pichada pela palavra “chinks”, uma injúria racial em inglês direcionada a pessoas amarelas. A princípio, X. Tian não pretendia escrever sobre o tema, mas sentiu que precisava trazer novos holofotes para a discussão. “Isso me deu o cerne da história como ponto de partida para explorar as emoções e reações que tive em todas as vezes em que experimentei um ato racista na minha vida. Em particular, pensei que seria interessante ter como personagens principais duas irmãs, que abordaram as consequências em direções totalmente opostas, porque muitos de nós na comunidade asiática também lutamos para lidar com isso. Há uma grande pressão cultural para apenas ‘seguir em frente’ e não deixar que isso nos afete, mesmo que isso tenha um impacto emocional significativo.” Leia também — Além de As Três Irmãs: Veja outros k-dramas que foram baseados em livros Na mesma época, a autora também tinha testemunhado um ato racista na volta de uma viagem, onde uma mulher achou que uma pessoa estava furando fila e a chamou pela mesma ofensa racial escrita no portão da família asiática mencionada anteriormente. Ao repreender a moça, X. Tian não se sentiu apoiada por ninguém que estava em volta. “Um dos temas principais que eu queria explorar era o fato de que essa mulher basicamente arruinou minha experiência, mas ela provavelmente nunca mais pensaria naquele momento, enquanto eu ainda penso nisso o tempo todo. Parecia extremamente injusto que ela não apenas perpetuou um ataque racista, mas também não teve que lidar com nenhuma das consequências emocionais. Aquele dia me deixou especialmente dedicada a terminar o livro e tentar destilar aquele sentimento em uma história.”










![[Entrevista] Monge Han aborda ancestralidade, família e pertencimento em "Vozes Amarelas"](https://static.wixstatic.com/media/0df885_203d66407de94ff28c2d5148f49025d0~mv2.jpg/v1/fit/w_176,h_124,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_3,enc_auto/0df885_203d66407de94ff28c2d5148f49025d0~mv2.jpg)






