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  • Review | (G)I-DLE caminha em direção ao passado, mas "2" fica reduzido a intenções

    O grupo até tenta transformar suas imposições em algo grandioso, usando inspirações como 2NE1, mas acaba falhando (Divulgação / CUBE Entertainment) A imposição temática do (G)I-DLE diante de todo o conservadorismo sul-coreano que parece odiar cada dia mais as mulheres é bastante simbólica. Wife, música que antecede todo o espetáculo armado deste álbum, foi censurada pela KBS — banida talvez não seja a palavra certa para esta situação —, juntando-se ao seleto grupo de músicas que ousaram desafiar certos padrões. É uma questão sintomática, dado que recentemente a “exposição excessiva da pele” por idols femininas se tornou um tópico de discussão acalorada em fóruns coreanos graças ao visual de grupos como LE SSERAFIM. Enquanto isso, é completamente normal ver idols masculinos adotando looks sensuais e posando sem camisa por aí. Percebe-se, portanto, que há de fato um pano de fundo para que o (G)I-DLE busque estabelecer suas bases na contravenção. É uma jogada arriscada. Em parte, isso realmente funciona: a provocação é deveras interessante. Mas no contexto geral a ideia tem falhas porque passa pela superficialidade já trazida por grupos como o ITZY, por exemplo. A liderança criativa do (G)I-DLE sob Soyeon Há, em tudo isto, um dilema que só (G)I-DLE poderia representar. Acontece que, como bem sabemos, Soyeon assume a liderança na implementação de muitas destas ideias. Suas composições agem como óleo mineral para freios a disco: sempre escorregadias e repetitivas a ponto de causar enjoo. Como forma de amenizar muitos erros de composição e produção da artista, diz-se que não podemos levar suas músicas a sério — precisamos concordar, até porque essa é uma regra que se aplica a todo o K-pop. Mas é justamente por essa falta de seriedade que o tema geral acaba sendo qualquer coisa. E embora 2, segundo álbum completo do grupo e que vem na sequência de sucessos recentes como Queencard, Nxde e TOMBOY, tenha alguns destaques, a falta de profundidade — até mesmo na abordagem da narrativa — faz com que tudo seja resumido às intenções. Leia também: [Opinião] A Era de Ouro do K-pop não volta mais? Entenda o motivo da ausência de grandes hits O resgate do brilhantismo passado Super Lady, faixa-título escolhida para dar vida às provocações, invoca um EDM borbulhante da segunda geração. E no melhor estilo 2NE1 possível, elas lançam uma intensa explosão vocal no pós-refrão; mas acabam se aproximando do BLACKPINK no final. Nesta canção, a figura feminina permanece à vista. Isso também acontece na sequência com Revenge, carregada de inspirações postadas em gerações passadas. É um resgate que é dado inclusive pelo girl crush adaptado aos versos percussivos, como em Doll, em que elas cantam “Bye, bye to your blah, blah”, logo após estabelecerem outra veia de empoderamento: “I'm not your doll, don't cry”. São estas nuances que revelam uma certa atitude positiva, mas que se entrelaçam com momentos dispensáveis como 7Days e Fate, ambas marcados por uma pausa na intensidade com que o álbum percorre. Felizmente, essas duas músicas não assumem posição de balada – o que seria pior. Leia também: [Opinião] O que o Red Velvet e a Sofia Coppola têm em comum? Os retratos do female rage Só porque é autoral não significa que seja necessariamente bom E por mais que 2 ouse ir além, como mencionado no tema do empoderamento feminino ou na busca de referência às gerações passadas, nada aqui se efetiva à medida que as integrantes impõem suas próprias perspectivas sobre as músicas que compuseram e/ou produziram. Nem é preciso dizer que este é um trabalho que vai além do senso de autossuficiência, até porque o K-pop segue uma dependência natural de tendências. Procurar algo novo, então, é uma tarefa difícil – mesmo que essa novidade esteja no passado. E o (G)I-DLE está sempre buscando trazer inovações em sua própria esfera. É por isso que seus sucessos vão do pop rock ao electropop. Mas aqui o que encontramos é o resumo do resumo. Um fragmento do que elas poderiam fazer, mas não fazem. E o resultado é esse descuido temático, sonoro e posicional. É um sucesso que se transforma, ao longo do caminho, num verdadeiro erro: elas perdem a mão mais uma vez.

  • Conheça Greta Lee, protagonista de “Past Lives”, filme indicado ao Oscar 2024

    A atriz coreano-americana já conquistou diversos prêmios no circuito de cinema internacional Com uma carreira diversa que perpassa os palcos da Broadway, séries para televisão e streaming e alguns bons filmes, a atriz veterana Greta Lee passou a chamar a atenção de forma mais ampla na mídia após seu primeiro papel de destaque da carreira. A atriz coreano-americana conquistou 44 indicações a diversas premiações do circuito de cinema internacional, tudo isso somente com sua atuação como protagonista do filme de romance dramático Past Lives (2023) da diretora coreano-canadense Celine Song, indicado ao Oscar 2024 nas categorias Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Aos 40 anos, o futuro de Greta Lee nas telas parece estar ganhando cada vez mais força e destaque, um reconhecimento tardio que pode gerar bons frutos nos próximos anos, em especial, quando pensamos na ascensão do cinema de diáspora na atualidade. Além disso, é notável que o crescimento da hallyu no exterior eleve o interesse de diretores e estúdios de cinema pela contratação de atores coreanos e descendentes para cada vez mais projetos. Apesar de ser o primeiro papel de Greta enquanto personagem principal, sua carreira é repleta de trabalhos no mínimo intrigantes, desde peças de teatro até seriados conhecidos e algumas participações em filmes de animação mundialmente aclamados. Conheça a carreira da atriz e as perspectivas futuras para seus próximos trabalhos neste novo artigo do Café com Kimchi! Leia também: Conheça Teo Yoo, o ator de "Love to Hate You" que está no novo filme da A24 Dos palcos às telas: Greta Lee e sua trajetória rumo ao estrelato Apesar de ter feito sua estreia na televisão antes de se entregar aos palcos da Broadway, é notável o impacto do teatro no desenvolvimento da carreira de Greta Lee como atriz. Seu primeiro papel foi em 2006, interpretando Heather Kim no episódio Taboo da série televisiva Law and Order: SVU (1999-) da NBC. Contudo, a paixão pelo teatro falou mais alto e levou a atriz a uma rápida estreia nos palcos da Broadway em 2007, interpretando Marcy Park, uma estudante poliglota de alto desempenho, na comédia musical The 25th Annual Putnam County Spelling Bee. Apesar de se tratar de um papel como substituta, Greta se destacou ao ponto de retornar a Broadway em 2010, na qual interpretou a personagem Dorine na peça cômica de David Hirson, La Bête (2010). A partir de 2012, Greta Lee passou a se dedicar de forma mais ativa a trabalhos televisivos, como em High Maintenance (2012-2018) da HBO, Nurse Jackie (2012-2013) da Showtime e Girls (2013-2014) da HBO sob direção de Lena Dunham. Além de algumas participações especiais em programas de TV populares como New Girl (2011-2018) e Wayward Pines (2015-2016), mas dentre todos os trabalhos, nenhum possuía papéis de grande destaque, o que levou a atriz  a se tornar uma figura frequente na televisão, mas não exatamente popular. Mesmo com os muitos trabalhos na televisão, a atriz chegou a atuar em filmes ao lado de grandes estrelas de Hollywood, como foi o caso da comédia Sisters (2015) ao lado de Tina Fey e o drama Money Monster (2016) estrelado por George Clooney e Julia Roberts. Entretanto, Greta acabou optando por focar mais em seriados, o que demonstrou ser uma sábia decisão com o surgimento das plataformas de streaming. Leia também: O longa “Past Lives” e a trajetória dos filmes sul-coreanos no Oscar O ponto de virada: Uma luz de esperança para uma estrela em potencial Mesmo com um longo currículo de atuações e participações, Greta Lee conquistou destaque após seu papel na série Boneca Russa (2019-), uma comédia dramática da Netflix que conta com duas temporadas e segue sem a confirmação de sua continuação. Na trama, a atriz interpreta a personagem Maxine, amiga da protagonista Nadia Vulvokov, interpretada pela atriz Natasha Lyonne. No mesmo ano, Greta Lee chamou a atenção do público e da crítica por seu papel como Stella Bak na série dramática The Morning Show (2019-) da Apple TV+, estrelada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon. A série lhe rendeu sua primeira indicação a uma premiação, sendo na categoria de Melhor Elenco em Série de Drama pelo Screen Actors Guild Awards de 2022. A partir deste momento, o reconhecimento do trabalho de Greta Lee alcançou a graça de Hollywood, em especial, através do trabalho excepcional da diretora coreano-canadense Celine Song, responsável por Past Lives (2023). O drama bilíngue que discorre acerca da diáspora sul-coreana e as diferenças culturais com uma bela analogia acerca do amor tem sido fortemente aclamado pela crítica internacional. Em um curto período, o filme conquistou cinco indicações ao Globo de Ouro e três ao Critics Choice Awards, sendo uma delas na categoria “Prêmio Atriz de Cinema”, na qual Greta saiu vitoriosa. No total, a atriz acumula 53 indicações nas categorias de atuação de diversas premiações do circuito de cinema internacional, sendo uma conquista importantíssima para uma profissional que conquistou os grandes holofotes somente aos 40 anos. Com a crescente popularidade de filmes protagonizados por asiáticos ou que consideram a importância de representar tais povos, existem expectativas positivas quanto ao desenvolvimento da carreira de Greta Lee no cinema. Leia também: "Past Lives" da A24 e outros filmes coreanos estão no Festival do Rio; veja quais e quando assistir O que aguarda Greta Lee nos próximos anos? A crescente do cinema asiático no cenário das grandes premiações do cinema norte-americano e europeu inicia a partir das indicações e posteriores vitórias de Parasita (2019) no Oscar. A questão é posta em prova quando surge nas mídias o questionamento acerca de um filme estrangeiro ser indicado em quatro categorias e nenhuma de atuação. O filme de Bong Joon-ho foi o primeiro filme estrangeiro de língua não-inglesa a vencer a categoria de Melhor Filme na premiação, mas ainda assim, pouco se fala dos grandes atores e atrizes sul-coreanos que fizeram desse filme um sucesso. Apesar dos pormenores, Parasita (2019) foi fortemente aclamado na Ásia, conquistando 11 indicações ao Blue Dragon Film Awards — maior premiação de cinema da Coreia do Sul — e 10 indicações ao Asian Film Awards. Poucos anos depois, a tendência das produções protagonizadas por personagens asiáticos provou estar cada vez mais forte com o sucesso de Minari — Em Busca da Felicidade (2020) do diretor coreano-estadunidense Lee Isaac Chung. O filme estrelado por Steven Yeun, Han Ye-ri, Alan Kim, Noel Kate Cho e a veterana Youn Yuh-jung estreou mundialmente no Festival Sundance de Cinema em 26 de janeiro de 2020 e conquistou dois prêmios. A surpresa veio quando o filme foi indicado a seis categorias no Oscar 2021, sendo elas: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator para Steven Yeun, Melhor Atriz Coadjuvante para Youn Yuh-jung, Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha-Sonora. Apesar de ser um filme bilíngue, assim como Past Lives, a obra não é considerada um filme estrangeiro, por ser feito nos Estados Unidos, tendo como responsáveis as produtoras A24 e Plan B. No ano seguinte, o longa-metragem japonês Drive My Car (2021) do diretor Ryusuke Hamaguchi venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro após ter sido considerado o favorito da crítica e um dos mais bem avaliados. E em 2023, mais um filme com protagonismo asiático conquistou os holofotes da premiação, o surpreendente Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (2022) dirigido por Daniel Scheinert e Daniel Kwan e estrelado pela atriz malaia-chinesa Michelle Yeoh ao lado do ator vietnamita-americano Ke Huy Quan. O longa-metragem foi indicado a 11 categorias no Oscar 2023 e levou 7 estatuetas, sendo a maior vitória do ano. Coincidentemente — ou não — o filme é uma produção do estúdio A24, responsável por títulos como: Minari - Em Busca da Felicidade (2020), Past Lives (2023) e pela distribuição de Parasita (2019). A ascensão das narrativas asiáticas e diaspóricas em meio a premiações dominadas majoritariamente por figuras brancas é um fator extremamente importante para pôr em cheque a dominância de narrativas distorcidas. Atrizes como Michelle Yeoh e Greta Lee merecem espaço no cinema e na televisão para além de personagens estereotipados, e isso tem mudado nos últimos anos gradativamente graças às mudanças na compreensão da diversidade do cinema no mundo. A estrela de Past Lives (2023) possui chances de conquistar cada vez mais papéis de destaque graças ao seu desempenho impressionante neste ano, mas também, devido à abertura de portas para atrizes de origem asiática em papéis cada vez mais diversos. Já assistiu Past Lives (2023) e gostou da Greta Lee? 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  • Kang Tae Oh começou a carreira em um grupo musical; conheça a trajetória do ator

    O astro em ascensão que fez par romântico com Park Eun Bin em “Uma Advogada Extraordinária” (Divulgação / Fantagio) Com muito carisma e talento, Kang Tae Oh vem ganhando destaque nas telas, principalmente após sua aparição como protagonista e par romântico de Park Eun Bin no drama Uma Advogada Extraordinária, disponibilizado pela Netflix em agosto de 2022 e indicado ao Emmy Internacional 2023 como Melhor Série de Drama. Mas, ele é mais do que isso! Ator e cantor, ele faz parte do grupo musical formado pela empresa Fantagio, chamado 5urprise (lê-se Surprise), que está em atividade desde 2013. O grupo é composto por 5 membros: Seo Kang Jun, Gong Myung, Yoo Il, Lee Tae Hwan, e Kang Tae Oh, no qual todos são atores. Com uma carreira diversificada, o astro mostrou suas facetas de várias formas e, aqui, você vai entender como ele chegou ao status de um dos atores mais promissores da atualidade. Veja também: 5 K-dramas imperdíveis com Kang Tae Oh, protagonista de “Uma Advogada Extraordinária” Como tudo começou: Quem é Kang Tae Oh? (Divulgação / Netflix) Nascido como Kim Yoon Hwan, no dia 20 de junho de 1994, Kang Tae Oh, na verdade, é seu nome artístico. Sua carreira começou em 2013 com a estreia do grupo 5urprise, que, ao contrário das maiores empresas de entretenimento na Coreia do Sul, foi criado pela Fantagio com a proposta de ter apenas aspirantes a atores. O debut do 5urprise aconteceu durante a série de 12 episódios, After School: Lucky or Not. O boygroup mostrou habilidades musicais ao lançar singles como Hey u Come On, que foi trilha sonora do drama, e From My Heart , lançado em 2014. Ascensão na carreira de Kang Tae Oh Após o lançamento da websérie de estreia, Kang Tae-oh teve participações significativas em outros trabalhos como You Are Too Much (2017), Short (2018) e The Tale of Nokdu (2019). Sua popularidade não se limitou à Coreia do Sul, mas também chegou a outros países asiáticos como Vietnã, no qual ele ganhou uma boa base de fãs graças ao drama coreano-vietnamita Forever Young (2014). Nos últimos anos, também ganhou admiradores em países do ocidente, graças aos dramas exibidos em serviços de streaming como Viki e Netflix. Foi indicado a mais de 5 premiações e venceu algumas, entre elas temos: "Ator impressionante" pela prêmios VTV em 2015, "Estrela em ascensão" pela Asian Artist Awards em 2017 e "Melhor novo ator" pela prêmios KBS Drama em 2019. Fora o sucesso global Uma Advogada Extraordinária temos disponível no streaming Netflix, alguns dramas imperdíveis com o artista, são eles, Na Direção do Amor (2020), Desgraça Ao Seu Dispor (2021) e Trinta e Nove (2022). Além das telas e estúdios, Kang Tae Oh se aventurou nos comerciais, sendo o rosto de diversas campanhas publicitárias. O astro também tem uma forte presença nas redes sociais (@kto940620 e @manofcreation_official), por onde sempre compartilha momentos de sua vida com seus fãs. Leia: Uma Advogada Extraordinária vai ganhar 2ª temporada! Veja o que já sabemos Serviço militar e o que esperar do retorno de Kang Tae Oh? (Divulgação / Soompi) Após o lançamento de seu último K-drama, Uma Advogada Extraordinária, Kang Tae Oh anunciou o alistamento militar, iniciado em 20 de setembro de 2022 e retorno para 18 de março de 2024. Antes de se retirar temporariamente da indústria, o ator disse, à revista GQ Korea, que voltará “com a mente e o corpo sãos” e pediu para que os fãs esperassem por ele. O pedido provavelmente será atendido, já que uma segunda temporada de Uma Advogada Extraordinária foi confirmada para 2024.O drama teve um alto índice de retenção, ficando no Top 10 da Netflix em diversos países, durante 17 semanas. O K-drama é originalmente produzido pela ENA e Astory e tornou-se a 7ª série mais assistida da história da Coreia do Sul. Na Netflix, a atração superou  300 milhões de horas assistidas. Em agosto de 2022, quando a nova parcela de episódios foi confirmada, Lee Sangbaek, CEO da Astory, disse ao em comunicado à imprensa: “Graças ao apoio de muitos espectadores, Uma Advogada Extraordinária vai retornar para a segunda temporada. Esperamos lançar os novos episódios em algum momento de 2024. O processo de ajustar as agendas do elenco e equipe será um grande desafio. Porém, planejamos seguir com a segunda temporada sem nenhuma mudança no elenco e equipe.” Para Projetos futuros, Kang Tae Oh prometeu papeis desafiadores e inovadores, mas só descobriremos mais detalhes quando o ator retornar. Veja também: Saiba quais serão os idols de K-pop no exército em 2024; quem não escapa do alistamento?

  • Quem é o NCT WISH? Conheça os membros e tudo sobre a ÚLTIMA unit do NCT

    Antes chamado de NCT New Team, o grupo estreará oficialmente em 2024; saiba detalhes sobre eles antes do debut (SM Entertainment/Divulgação) A regra do universo é clara: tudo tem um começo, meio e fim. Contudo, para quem achou que o NCT estava terminando com o anúncio de sua última unit, o nomeado NCT WISH está apenas no começo de fazer sua história no K-pop. O conjunto de seis membros, previamente anunciado como "NCT New Team", fez seu debut oficial em fevereiro de 2024. Mas de onde eles surgiram, quem sãos os meninos, e "meu Deus, eles não lançaram uma música já em 2023"? Pois é, se você caiu de paraquedas no assunto, o cenário pode parecer confuso; mas o Café com Kimchi te ajuda a conhecer quem é o NCT WISH. 😊 Mais sobre NCT: O que esperar do debut solo do Ten, um dos integrantes do NCT? No post abaixo, confira todas as informações necessárias acerca do boygroup, como a origem, os nomes dos membros, e alguns conteúdos para consumir com eles na internet. Por isso, não fique de fora do assunto e saiba o que é o NCT WISH com a gente: Como surgiu o NCT WISH? Como te contamos acima, o NCT WISH antes era chamado de NCT New Team. No caso, o sexteto foi formado no resultado do reality show NCT Universe: LASTART, lançado pela SM Entertainment entre julho e setembro de 2023 (previamente anunciado em 30 de junho do mesmo ano). Em seis episódios ao todo, os trainees do projeto foram selecionados para moldar a próxima e última unit do NCT, temporariamente tida como um "novo time". No começo, eram dez meninos para debutar. Conforme os episódios foram transmitidos, os participantes foram selecionados com base na mentoria, missões e avaliações de figuras conhecidas e famosas dentro da SM, como a BoA, o Eunhyuk do Super Junior e o vocal coach da empresa, Jang Jin-young. Outros idols como Xiumin do EXO, Hyoyeon do SNSD, Key do SHINee e Changmin do TVXQ apareceram no reality, e os próprios membros do NCT também. Além disso, dois garotos já estavam pré-selecionados para o debut no NCT WISH: Sion e Yushi. Isso ocorreu pelo fato de ambos terem sido apresentados ao público no programa de trainees da SM chamado SMRookies (mesmo lugar de onde vieram o Eunseok e o Seunghan do RIIZE mais recentemente), no dia 28 de junho de 2023; antes do LASTART. A partir disso, restavam menos vagas para os concorrentes do então chamado NCT New Team. Passado o programa, a SM anunciou os finalistas do LASTART em 06 de setembro de 2023, com o seguinte line-up de membros da foto abaixo: Sion, Yushi, Riku, Sakuya, Daeyoung, Jungmin e Ryo. (SM Entertainment/Reprodução) Entretanto, exatamente um mês após a escolha final dos integrantes do NCT WISH (ou New Team), a SM declarou que Jungmin não estrearia no K-pop naquele momento. Segundo a nota da empresa, o integrante estaria saindo do line-up por questões de saúde, além da decisão ter sido discutida em conjunto à família de Jungmin e a equipe médica da companhia. Em conclusão, ele voltou a ser trainee da SM com o debut atualmente incerto. Após toda a trajetória, neste momento de pré-estreia oficial do NCT WISH, o grupo consiste em: Sion, Yushi, Riku, Sakuya, Jaehee (antes Daeyoung) e Ryo. Aparições pré-debut e o single "Hands Up" Como é frequente no K-pop — e especialmente com os trainees da SM —, o NCT WISH (ainda NCT New Team na época) fez aparições públicas antes da estreia além dos lançamentos de conteúdos online. Por exemplo, o boygroup possui duas músicas pré-debut: Hands Up, que tem MV, e "We Go!". Nesse contexto, o NCT New Team pôde promover no Japão com a chamada "turnê de pré-debut" do NCT UNIVERSE: LASTART. Na ocasião, os garotos subiram ao palco para se apresentar um pouco mais em conjunto e individualmente, fazer covers, brincadeiras, e já fidelizar um primeiro contato maior com os fãs. É possível encontrar este material no YouTube. Em complemento, eles estiveram presentes no NCT Nation: To The World, que foi uma série de concertos que o NCT (o projeto geral) fez em datas na Coreia do Sul e Japão. O NCT WISH contou com um set exclusivo no show, em que performaram sua música de pré-estreia para o fandom NCTzen. Aparecer em público antes do lançamento é uma maneira de familiarizar os cantores aos olhos do público, principalmente em casos de grandes estreias como as do NCT. A SM Entertainment fez a inserção do grupo em agendas dos veteranos para, provavelmente, mostrar que já há contexto e conexão deles com as demais sub-units. Leia também este conteúdo - NCT: Entenda como funcionam as sub-units do grupo de uma vez por todas O NCT WISH é o NCT Tokyo? Sim, o NCT WISH é o famigerado NCT Tokyo, unit focada no Japão que estava para estrear há muito tempo. No fim das contas, os membros japoneses já debutados no NCT — Yuta e Shotaro, este que era do NCT U e integra o RIIZE agora — não entraram no grupo. E uma prova disso é que, nos créditos dos produtos do NCT WISH, consta a empresa musical japonesa Avex Group. A gravadora é responsável por distribuir os lançamentos da SM Entertainment voltados para mercado musical do Japão. A mudança de nome oficial Até janeiro de 2024, o sexteto seguia com o nome provisório de NCT New Team para a maioria das pessoas. Contudo, no dia 17 de janeiro, foi divulgado o vídeo WISH for Our WISH, que traz o "rebrand" oficial do New Team para NCT WISH. Com a prévia, também foi compartilhado à imprensa coreana que o grupo faria o debut em fevereiro deste ano, entre os dias 21 e 28 do mês. Outro vídeo interessante que serviu para integrar o NCT WISH à narrativa do projeto foi o audiovisual NCT: Dream Contact 'Our WISH', com o enredo de que o Taeyong teria sido um pivô para conectar os rapazes da nova unit ao universo do grupo todo. A produção é um verdadeiro curta-metragem: Vamos apresentar os integrantes? Os integrantes* do NCT WISH, do maknae ao mais velho: SAKUYA (SM Entertainment/Divulgação) O Sakuya é o membro mais novo do NCT WISH. Nascido no dia 18 de novembro, ele é "07' liner" e nasceu em Saitama. Sakuya foi o penúltimo concorrente a ser apresentado no LASTART, e terminou em segundo lugar no ranking final. Inclusive, o fofíssimo maknae diz ter o Taeyong como um dos seus modelos para ser idol. RYO (SM Entertainment/Reprodução) Nascido em 04 de agosto, o leonino Ryo também é da 07 line do NCT WISH. Originário de Kyoto, o membro teve a decisão final de se tornar idol após descobrir quem era o Doyoung como cantor e parte do NCT, além dos seus role models serem o próprio vocalista e o Haechan. Ryo se descreve como alguém de personalidade bastante ativa/agitada. JAEHEE (SM Entertainment/Divulgação) Sendo um dos membros coreanos do grupo, Jaehee nasceu em 2005 no dia 21 de junho. O artista sabe tocar piano, se espelha em idols como Kyuhyun (SuJu) e Jaehyun, e acredita que se não fosse cantor, talvez se tornasse professor de história. Aliás, ele teve um período curto de treinamento com, aproximadamente, só 3 meses sendo trainee. YUSHI (SM Entertainment/Divulgação) 05 de abril de 2004 é a data de nascimento de Yushi, e o NCT WISH não será seu primeiro projeto musical! No caso, o garoto já foi integrante do boygroup mirim japonês EDAMAME BEANS, no qual ocupou a posição de vocalista. E falando em suas inspirações nas celebridades do K-pop, ele é fã do Kai do EXO e se interessou pelo show business ao ver uma performance do grupo da SM. RIKU (SM Entertainment/Divulgação) Após ser trainee por um ano, Riku está pronto para o debut; e ele gosta de ter o Mark do NCT como seu role model. Nascido em 28 de junho de 2003, Riku sonhava em se tornar idol para transmitir energia ao público estando nos palcos, assim como seus seniores, de acordo com suas palavras. Inclusive, um dos seus passatempos é ver animações e filmes. SION (SM Entertainment/Divulgação) Por fim, Sion é o líder do NCT WISH e um membro de longa experiência entre os garotos. O integrante, nascido em 11 de maio de 2002, foi trainee da SM Entertainment por quatro anos, além de também dominar alguns instrumentos musicais. Sion tem o Kai do EXO como seu exemplo de K-idol, e é claro que seu grupo favorito é o NCT! <3 Quando é o debut oficial do NCT WISH? Depois de descobrir tantas informações a respeito do NCT WISH, vamos ao mais importante: quando foi o debut deles? Em 21 de fevereiro de 2024, o grupo apresentou o single WISH durante o concerto "SMTOWN LIVE 2024 SMCU PALACE @ TOKYO", no famoso estádio japonês Tokyo Dome. Após a participação no show da empresa, o boygroup divulgou a faixa nas plataformas digitais no dia 28 de fevereiro. Aliás, por promoverem também para o mercado do Japão, a canção WISH teve versões em coreano e japonês disponíveis. Afinal, o fandom NCTzen pôde dizer que a última unit do NCT "está no ar". A versão física do single saiu, no mundo todo, no dia 04 de março de 2024. O que assistir com o NCT WISH na web para conhecer mais eles? Para conhecer o NCT WISH desde o começo, vale conferir os episódios do NCT UNIVERSE: LASTART para ver as origens do grupo e a evolução dos meninos até o ranking final. O reality show de seis episódios está disponível no VIKI sob assinatura. Ou então, há apresentações do programa no YouTube, no canal do selo SM C&C. Mas outra alternativa gratuita (e mais variada) para os novos fãs é o canal do NCT WISH no YouTube! Lá, é possível encontrar vídeos de dance practices, de reactions, bastidores de gravações, viagens e mais. A SM Entertainment tem investido em canais específicos para os grupos na plataforma, o que é um ganho para nós. Então, o que você achou do NCT WISH? Vai acompanhar o grupo? Não se esqueça de acompanhar o Café com Kimchi também nas redes sociais! *Informações dos membros encontradas nas redes sociais e no site "K Profiles".

  • Uma viagem para além das cicatrizes de um sonho em comum: O EVNNE retorna pela primeira vez com o mini-álbum “[Un: SEEN]”

    O boygroup da JellyFish Entertainment fez seu primeiro comeback nesta segunda (22) com um disco mais maduro e profundo. Confira detalhes! Após o lançamento do debut com o disco [Target: ME] em setembro de 2023, o mais novo boygroup da JellyFish Entertainment composto por ex-participantes do reality Boys Planet fez seu primeiro comeback na segunda metade de janeiro. O EVNNE retornou com um conceito mais maduro e faixas mais profundas que buscam representar o lado mais doloroso da jornada em busca do tão sonhado debut na indústria musical, o disco [Un: SEEN] é como um complemento da colorida versão do sonho realizado proposta pelo antecessor. Com visuais arrojados compostos majoritariamente por cores frias em contraste com a neutralidade do preto e branco, Keita, Park Hanbin, Lee Jeonghyeon, Ji Yunseo, Yoo Seungeon, Mun Junghyun e Park Jihoo apresentam versões mais maduras e demonstram estar mais do que prontos para mergulhar ainda mais fundo no mundo da música. O conceito imagético do disco é dividido em duas partes, sendo uma denominada vulnerable, que visa retratar os integrantes com um certo ar de melancolia juvenil, enquanto RASCAL é a versão mais ousada e madura, com um certo toque de sensualidade e rebeldia. O mini-álbum é composto por cinco canções inéditas que contam com a participação direta dos membros do EVNNE na construção das letras e melodias conjuntamente, demonstrando as diversas capacidades do septeto no que diz respeito à música em sua totalidade. As faixas UGLY, SYRUP, K.O. (Keep On),  Chase, e Festa são uma viagem pelo subconsciente de artistas que passaram por duros processos em busca do estrelato, além de serem uma bela mensagem de aceitação. Leia também: "A verdadeira alegria veio quando nos reagrupamos": EVNNE fala sobre Boys Planet, debut e mais Encontrar a beleza na imperfeição A faixa-título de [Un: SEEN] é a canção UGLY, que detalha a ideia de aceitar os lados “feios” de si como parte da própria história, mesmo que seja uma palavra um tanto quanto “forte”, o EVNNE procura ressignificá-la na intenção de encorajar os ouvintes a abraçar cada parte de si sem hesitação ou preocupações. O MV retrata com rebeldia e trajes arrojados uma perspectiva dissidente acerca da juventude e dos padrões pré-estabelecidos. Através da coreografia em conjunto com a música, o clipe soa como um grito de libertação empolgante, que remete aos icônicos MVs da 3ª geração do k-pop. Provavelmente, as partes mais impactantes da faixa são os raps eletrizantes de Keita, que tornam a atmosfera da canção ainda mais interligada com a estética arrojada do MV. Além de participar ativamente na composição de faixas do EVNNE desde o debut, o integrante japonês participou diretamente da composição do próprio rap. Apesar de conter uma mensagem densa por trás, a canção é divertida e empolgante, sem dúvidas uma faixa ideal para dançar sem preocupações e com um bom potencial de hit por trazer consigo o melhor do K-pop dos anos 2010. Entretanto, sem deixar de lado o interessantíssimo uso do experimental para construir um instrumental eletrizante que ajuda a criar uma ambientação madura e até mesmo sensual para a title na totalidade. Aparentemente, uma tendência ascendente na indústria musical para o ano de 2024, em especial, quando observamos o ressurgimento de tendências dos anos 80, 90 e 2000 desde o verão de 2019 até meados de 2023. O EVNNE soube aproveitar muito bem disso e demonstrou maestria ao manter a essência envolvente que circula o conceito do grupo sem se atrelar fielmente a uma estética colorida e excessivamente juvenil. Leia também: Comebacks de K-pop de janeiro de 2024 contam com retorno do RIIZE, do ITZY, do NMIXX e muitos outros Vocais poderosos se somam a uma rapline com um flow inigualável Na sequência de uma faixa-título tão bem construída que cumpre muito bem seu papel, temos a canção SYRUP cuja transição já impressiona logo de cara, mantendo a identidade do disco sem apelar para canções muito semelhantes. Vale ressaltar a participação de Keita, Yunseo e Jeonghyeon na elaboração da letra da música. Essa faixa demonstra a harmonia e a potência da vocal line, liderada por Yoo Seung-eon, que se tornou popular em sua jornada no Boys Planet devido ao alcance vocal inabalável e um tanto quanto semelhante à técnica de Taeil e Dooyoung (NCT). A canção é uma faixa pop experimental com sintetizadores e harmoniza de forma muito profissional os vocais angelicais e os raps envolventes. Logo em seguida, a energia sensual é interrompida por K.O. (Keep On) uma faixa dance pop mais juvenil que utiliza de um instrumental mais leve que lembra um pouco canções como New Kidz On The Block e Kids Zone do ZEROBASEONE. A canção é uma fofa mensagem sobre seguir em frente apesar das adversidades e casa muito bem com o resto do disco, trazendo maturidade na letra em contraste com um instrumental mais leve e divertido. Se SYRUP e K.O. (Keep On) conseguem ser opostas que dialogam bem, Chase é uma agradável mistura dos dois mundos, unindo sensualidade a uma faixa divertida. Os vocais e o rap parecem se unir para criar uma atmosfera capaz de nos fazer flutuar somados ao experimental que dá um ar ousado e moderno para a canção como um todo, provavelmente uma aposta arrojada, mas que funcionou muito bem no disco. A faixa teve colaboração direta de Keita e Seungeon na composição da letra, demonstrando uma interessante autonomia por parte de um grupo rookie. Por último, mas não menos importante, temos Festa, uma canção dance pop que faz jus ao nome e conta com a participação de Keita na elaboração da melodia e das linhas de rap. A faixa é jovem e lembra facilmente o álbum de estreia do EVNNE, carregando uma energia divertida com letras adoráveis que transmitem muito bem a mensagem de [Un: SEEN] sem demonstrar imaturidade e encerrando o disco alegremente. Leia também: Confira o debut do ONE PACT, novo boygroup com participantes do Boys Planet Um disco poderoso com um gostinho de quero mais Com lançamentos bem sucedidos e uma dinâmica interna funcional tanto em palco quanto nos bastidores, o EVNNE demonstra ter um potencial elevado no que diz respeito a consagrar-se como um dos carros chefes dentre os boygroups da ainda muito recente 5ª geração do k-pop. A capacidade criativa somada a vocais exemplares e uma rap line muito dinâmica para os padrões mais atuais de grupos masculinos rookies são pontos-chave que colocam o grupo em uma posição admirável. A versatilidade também deve ser apreciada, afinal, a demonstração de se adaptar a conceitos diferentes sem perder a própria essência no caso de um grupo novato é algo visto poucas vezes atualmente. O EVNNE sem sombra de dúvidas cumpriu o prometido neste disco ao apresentar os lados ocultos dos membros, mas sem revelar muito apenas para deixar a curiosidade pairando. Por fim, o disco [Un: SEEN] é um ótimo reflexo da jornada complexa de jovens artistas que almejam o sucesso em uma indústria tão complexa. Apesar da mensagem impactante, o disco não se prende a melancolia e consegue explorar o lado ruim junto ao lado bom das coisas. Deste modo, o EVNNE se apresenta como um grupo jovem e maduro na medida certa, capazes não somente de realizar boas performances como também a fazerem música de forma ativa e memorável.

  • Vale a pena assistir “Em Ruínas” na Netflix? Filme coreano diverte, mas não toca o coração

    Estrelado por Don Lee, o longa-metragem explora o que vem após o fim do mundo; confira a review abaixo (Reprodução/Netflix) O fascínio do público por filmes pós-apocalípticos se justifica por si só: a excitação mórbida pelo desconhecido, o nunca ocorrido, e a genuína curiosidade pelo o que a sociedade se tornará — ou como lidará com situações de extrema escassez em que a riqueza não é estimada pelo dinheiro. A Coreia do Sul adora o tema, já tendo o explorado em grandes produções como o terror “#Alive”, estrelado por Yoo Ah In, e o famosíssimo “Invasão Zumbi”. No cenário de “Em Ruínas”, novo filme coreano da Netflix, o subgênero de sobrevivência é abordado em uma terra devastada por terremotos e crise hídrica. Nos primeiros minutos, somos inundados de informações muito repentinas sobre o estado atual da humanidade: fome, briga territorial entre grupos, adaptação a novos modelos de existência naquele resto de mundo que ficou para trás. O que poderia parecer o “normal” de filmes pós-apocalípticos, até então, ganha um tempero quando descobrimos que há pessoas e animais tendo os corpos regenerados quando são feridos. O médico Yang Gi Su, interpretado pelo expressivo Jun Hee Lee, está fazendo experimentos em seres vivos na tentativa de criar um novo mundo em que humanos têm corpos mais fortes e sobrevivem sem água e comida. Infelizmente, esse pequeno diferencial da história, com potencial de alavancar a trama, desaparece mais rápido que água no deserto. É quase doloroso perceber o filme perdendo o que parecia ser o único propósito sólido, mas, ao longo da jornada, você esquece de se importar o suficiente com o que quer que esteja acontecendo naquele mundo ou com aqueles personagens. Nem o herói Nam San, vivido pelo experiente e carismático Don Lee (que também está no elenco de “Invasão Zumbi”), é necessariamente empolgante. Leia também — Quer assistir só K-dramas e filmes coreanos? Confira os códigos da Netflix para encontrar no catálogo É esperado que protagonismo e senso de altruísmo nos leve, furtivamente, a torcer pelo mocinho — principalmente se o referido herói for dotado de habilidades de luta e defesa pessoal, com as quais conseguimos aceitar quaisquer soluções bizarras para problemas impossíveis de resolver. Porém, o esforço feito para que o personagem de Don Lee soe despreocupado demais com os perigos que o cercam nos afasta emocionalmente do herói. Se ele doma um jacaré mutante puxando-o pela cauda como se não fosse nada, é divertido de tão absurdo, mas esse mínimo êxtase se desgasta pela descrença que sentimos na existência de uma pessoa tão imbatível como Nam San. O tímido triunfo do filme está na insanidade do médico Gi Su. Jun Hee Lee dá vida a um vilão muito emotivo e, em alguma instância, fácil de te permitir ser convencido. Por mais que sua presença espirituosa não transmita necessariamente um sentimento de misericórdia, há um magnetismo pela forma como o personagem se expressa, sempre tão obcecado e pouco sutil em suas intenções. Mesmo assim, o efeito se perde porque tudo parece excessivo quando notamos que seu enredo não se sustenta e seus propósitos mirabolantes não parecem guiar a história a lugar nenhum. A falta de intimidade com os personagens, porém, não diminui a nossa satisfação em testemunhá-los tendo conversas leves e momentos descontraídos que aliviam a tensão do cenário em destruição. A indiferença a respeito do bem-estar deles também se esvai quando as sequências de luta nos provocam apreensão. É nítido que o mocinho vai vencer a batalha corporal, mas a agonia em vê-los gravemente machucados está ali. "Em Ruínas" é uma história sem pretensões megalomaníacas que vão muito além de entregar um entretenimento inofensivo naquelas quase duas horas, mas que quer tudo o que você, enquanto espectador, possa oferecer — sem dar tanto em troca. Quer ser ficção científica, comédia, romance, terror e ação. Quer suas risadas, suas lágrimas, sua compaixão, sua raiva. Quer, sem construir um terreno sólido para todas essas emoções florescerem com naturalidade.

  • Review | TWS estreia e avança para o território da quinta geração com “Sparkling Blue”

    O excelente disco de estreia do grupo expõe as ambições da HYBE em relação à quinta geração, que iniciou recentemente no K-pop (Divulgação / Pledis Entertainment) Os interesses corporativos das empresas no K-pop vão muito além de qualquer empreendimento demarcado apenas pela venda e distribuição de seus artistas. Há, em tudo isto, um profundo interesse na dominação custe — na maioria dos casos — o que custar. É, de certa forma, algo natural devido ao espaço em que tudo se localiza. Desse modo, fica fácil entender que a estreia do TWS não é apenas mais um lançamento. É, acima de tudo, um ponto de partida que apoia diretamente a hegemonia da HYBE no pop sul-coreano. Mas o que chama a atenção é claramente como isso aconteceu e para onde vai. A quinta geração já está aqui, e mesmo que muitos kpoppers acabem negando sua existência, não há nada que possa ser feito a não ser esperar que algum novo grupo apareça neste espaço e acabe atraindo sua atenção. Felizmente, o TWS pode ser um deles. Leia também: [Opinião] O debut do ZB1, ou ZEROBASEONE, deu início à chamada "5ª geração do K-pop"? A fórmula de sucesso do TWS Formulado ao extremo, o que pode ser um problema, o disco de estreia do sexteto, Sparkling Blue, é tudo o que um fã dos grupos da HYBE, especialmente de suas subsidiárias, poderia gostar: híbridos de música pop com som retrô e atmosfera sonhadora — é como se o NewJeans trocasse o jersey club pelo synth funk. Mas, apesar de fazer parte da quinta geração e compor o domínio da HYBE ao lado do NewJeans, o TWS é pretensiosamente mais simples, e mais assertivo do que as recentes tentativas da empresa de entrar nos espaços juvenis — ENHYPEN e TXT já passaram dessa fase, claramente. O grupo remete, principalmente devido ao agenciamento da PLEDIS, aos lançamentos mais solares e divertidos do SEVENTEEN. E essa semelhança não é por acaso (graças a Deus). São músicas dominadas por graves atmosféricos, grooves saltitantes e ganchos conduzidos por sintetizadores que se encaixam perfeitamente em YOU MAKE MY DAY, de 2018. Qualidade e cultura de fãs É preciso ver, por assim dizer, que a intenção da HYBE de ocupar de uma vez por todas os novos terrenos no K-pop apelando para o histórico que foi integrado à sua base graças à aquisição de outras empresas, é um exemplo de como preservar boas características. O que falhou em exemplos recentes como a SM estreando RIIZE. Aliás, Memories, de RIIZE, já é um marco, mas o grupo ainda nem lançou algum disco para estender seu impacto. E é por isso que Sparkling Blue coloca o TWS diretamente à frente daquela que é, como já mencionado, a quinta geração — eles já podem comportar um bom número de fãs, e certamente o fará. Faixas como plot twist e toda sua produção borbulhante são um tipo de intimidade e identificação que tem falhado em alguns trabalhos de boygroups. Não é apenas algo bom, é algo volumoso e que preenche imediatamente um vazio. Antes de ser uma questão de qualidade, o K-pop é uma questão de cultura de fãs e ídolos Leia também: Conheça as 15 melhores músicas do grupo de K-pop AB6IX

  • Review | “WHU IS ME : Complex”, do Hui, não é exatamente o que esperamos de grandes vocalistas coreanos — o que o torna ainda melhor

    Líder do grupo de K-pop PENTAGON estreia como solista em seu primeiro e divertido mini-álbum Lee Hoetaek, mais conhecido como Hui por sua carreira como líder do PENTAGON, lançou seu primeiro EP solo na última terça-feira, 16 de janeiro. O disco contém quatro faixas, intituladas Hmm BOP, MELO, Cold Killer e A Song From A Dream. No novo trabalho, o vocalista conta com a participação dos artistas Park Hyeon Jin, Lee Jin Hyuk e seu companheiro de grupo, Wooseok. Extremamente talentoso, Hui é compositor, produtor e um dos melhores main vocals da terceira geração do K-pop. Expectativas altas foram criadas quando o cantor anunciou seu mini-álbum, deixando diversos fãs eufóricos com a notícia. Em debate, o Café com Kimchi cogitou quais seriam as possibilidades que ele poderia explorar em seu debut e estávamos ansiosos por respostas. Finalmente elas chegaram! Veja também: Comebacks de K-pop de janeiro de 2024 contam com retorno do RIIZE, do ITZY, do NMIXX e muitos outros O que se destaca em “WHU IS ME : Complex”? O primeiro single do mini-álbum é Hmm BOP, que também é a faixa-título. Com seus vocais agudos bem trabalhados, traz um misto de pop, soul contemporâneo e alguns elementos de funk, lembrando muito músicas como Uptown Funk de Bruno Mars e Mark Ronson e Respect de Aretha Franklin. É uma canção extremamente alegre, dançante, descolada, divertida e teatral, deixando bem vivida a identidade do artista. A segunda faixa, intitulada MELO, tem participação de Park Hyeon Jin e muda o escopo para uma mixagem com elementos de EDM, trazendo um refrão viciante que não sai da cabeça. E, um dos pontos fortes da música está em um momento mais “falado” na música, com a voz de Hyeon Jin dando uma quebra na linearidade dos vocais. “Cold Killer” chega com um pop punk e o pop rock mais presentes, lembrando muito a estética sonora de boybands dos anos 2000. A música é forte do início ao fim, e, ao mesmo tempo, é extremamente gostosa de ouvir e cantar. A participação de Jinhyuk faz toda diferença nos vocais poderosos apresentados. Leia também: Por que o Dreamcatcher é o precursor do Rock no K-pop na Coreia do Sul? A quarta e última faixa, A Song From A Dream, é a que conta com a presença de Wooseok e é poderosa ao misturar R&B, elementos de trap e pop rock, trazendo uma cadência que é possível notar em bandas como The Rose e Day6. “Música de show” é como eu definiria essa música, cuja energia, o ritmo, os vocais e as quebras trazem a impressão sensorial de estar presente em um concerto. Naturalmente, quando se tratam de grandes vocalistas sul-coreanos, a tendência é escolher o ritmo de balada em debuts de álbuns ou singles solo — provavelmente para destacar os vocais e, de certa forma, provar o potencial que o artista tem. Porém, Hui trouxe vertentes diferentes em WHU IS ME : Complex, composto por elementos experimentais e mais animados, que trazem um som mais dinâmico e característico do nome que escreveu sucessos como SHINE, do PENTAGON, e Energetic, do WANNA ONE. Confira: Debuts de K-pop que devemos ficar de olho em 2024

  • Review | “THE FUTURE IS OURS: FOUND”, do AB6IX, é o fim de uma jornada com altos e baixos

    O novo EP do boygroup completa o conceito que eles começaram no ano passado – mesmo sendo menos atraente que seu antecessor Quando lançaram THE FUTURE IS OURS: LOST no ano passado, o AB6IX mostrou ao mundo seu incrível poder de ir além das barreiras impostas a grupos distantes das grandes empresas. Refinados, eles entregaram um dos melhores projetos de todos os tempos no K-pop. Mas eles, conceitualmente, estavam perdidos. E musicalmente também: o disco foi a solidificação de uma ruptura com o quase tradicional pop eletrônico que o grupo explorou em todos — ou pelo menos na maioria — dos projetos lançados até TAKE A CHANCE, em 2022, responsável por definir o pop rock que eles agora se replicam em THE FUTURE IS OURS: FOUND. O mais engraçado é que dessa vez eles estão realmente perdidos. E, ao contrário do disco lançado em 2023, cuja sonoridade continha grandes camadas e vagava por uma infinidade de possibilidades percorridas por refrãos contagiantes e distorções vocais fora de órbita, desta vez o pop rock — básico demais — ganha corpo entre canções que parecem mal mixadas. Leia também: Quem é o H1-KEY no K-pop? Conheça o girlgroup que será a adição perfeita na sua playlist Uma queda visível na qualidade do AB6IX Obviamente isso não é um erro por parte do grupo, mas chama a atenção, pois a qualidade musical que entregam em tão pouco tempo sofreu visivelmente uma queda, o que é normal, mas soa estranho por não preservar, numa perspectiva de volume, a excelente produção que os registros deles sempre tiveram. A faixa de abertura, WHISTLE, por exemplo, como revela o título, surge com assobios e uma melodia que parece destoar do que vem a seguir: um vocal quase abafado e cru que no pré-refrão tenta criar uma ponte que antecede uma refrão estilo ATEEZ, que funciona até certo ponto, mas é extremamente discordante. Já na faixa-título GRAB ME, o pop rock ocupa espaço, com um sequenciador até divertido, mas que erra quando aliado a uma freada brusca na intensidade com que o som evolui — é anticlimático e só funcionaria se desempenhasse um papel semelhante ao antidrop que o grupo usou em suas melhores peças de deep house. Leia também: Debuts de K-pop que devemos ficar de olho em 2024 Pop rock e seus modismos que raramente combinam no K-pop Na verdade, não se pode negar que qualquer aspecto do pop eletrônico é mais interessante do que qualquer aspecto do rock, especialmente no K-pop. É importante destacar que ambos os tipos de sons são caminhos seguros, mas os temas que geralmente se impõem em peças voltadas para a música eletrônica são mais selvagens e envelhecem bem. O pop rock tem seus momentos, mas pela carga emocional que muitas vezes precisa ser criada, acaba ficando refém do tempo. É um conceito que funcionou muito bem em músicas como Weightless e Complicated, do já citado TAKE A CHANCE. Mas — embora nem tudo esteja perdido — pouco se destaca. TRAVELER, a melhor música dessa nova empreitada do grupo, também é baseada no pop rock, mas consegue ser mais interessante que tudo justamente pela carga explosiva que utiliza sons opostos. É mais pop do que rock. E é narrativamente mais encantadora: nosso passado árduo faz parte da nossa jornada, aborda o AB6IX.

  • Investigações e intrigas familiares envolvem a trama de "A Herdeira", da Netflix; saiba mais sobre o drama

    A nova série reúne um elenco que já trabalhou em vários projetos juntos anteriormente, desde a produção até a atuação (Divulgação / Netflix) A Herdeira, o primeiro K-drama original do ano na Netflix, estreou hoje, dia 19 de janeiro, na plataforma. O drama é baseado em um webtoon e é a mais recente aposta do streaming nos gêneros mistério, investigação policial e thriller, e conta com seis episódios. A série traz Kim Hyun Joo e Ryu Kyung Soo como os personagens principais em uma grande investigação envolvendo assassinatos e segredos familiares. Por trás do novo drama do streaming, estão dois velhos conhecidos e parceiros de trabalho. O roteirista Yeon San Ho criou outros grandes títulos, como Hellbound (2021), Trem para Busan (2016), Jung_E (2023) e vários outros. Além dele, o diretor Min Hong Nam, que já trabalhou como diretor assistente em Península (2020), Psychokinesis (2018) e Trem Para Busan (2016). O fato de ambos já terem trabalhado em projetos anteriores juntos é um bom presságio de que a dinâmica dos dois é boa e rende bons resultados. Leia mais: K-dramas de janeiro: Confira o primeiro calendário de lançamentos de 2024 Durante uma coletiva de imprensa, Hong Nam falou um pouco sobre suas ideias e objetivos com o clima trazido no drama. “A prioridade era deixar as coisas mais simples e orgânicas. Quis focar na estética tradicional da arquitetura antiga, e no clima, que junto com os personagens diferenciados, me convenceram que seria um drama novo e poderoso”, esclareceu o diretor. San Ho acrescentou que quando idealizou a história em 2014, “conversei com o diretor Min sobre o projeto enquanto estávamos gravando outros trabalhos, e o chamei para trabalhar comigo nesse thriller, que deriva de um sentimento único que apenas coreanos têm”. Desenterrando segredos Após a morte do tio, Yoon Seo Ha (Kim Hyun Joo) herda os túmulos que pertenciam ao seu falecido tio e, a partir daí, ela começa a se envolver em alguns incidentes infelizes. Além dos problemas relacionados aos túmulos, seu irmão mais novo, Kim Young Ho (Ryu Kyung Soon), coloca maiores confusões no caminho de Seo Ha. Enquanto isso, o detetive Choi Sung Joon (Park Hee Soon), suspeita que os incidentes ocorridos no vilarejo tem alguma relação com os túmulos da família Yoon. Conforme a investigação avança, Sung Joon ainda precisa lidar com sua relação conturbada com outro detetive da sua corporação, o Park Sang Min (Park Byung Eun), que, além de serem colegas de trabalho, também é o chefe dos detetives. Por conta de um caso do passado dos dois, o chefe carrega consigo um sentimento de inferioridade e inveja do Choi Sung Joon. Leia também: Atores de K-dramas de romance que exploraram papéis violentos Velhos colegas de trabalho (Reprodução / Netflix) Os personagens principais são interpretados pela atriz Kim Hyun Joo e pelo ator Park Hee Soon. Hyun Joo foi a estrela de grandes títulos da dramaland, como Jung_E (2023), Hellbound (2021), What Happens to My Family (2014) e Boys Over Flowers (2009). Hee Soon também não fica atrás e tem grandes títulos no currículo, e entre eles estão Moving (2023), My Name (2021), no qual atuou ao lado de Han So Hee, e Trolley (2022). Um ponto interessante é que não foram apenas os produtores da série que já trabalharam juntos antes, mas os dois personagens principais também atuaram juntos em Trolley, como os personagens principais da trama. Além da dupla, dentre os personagens principais estão Park Byung Eun e Ryu Kyeong Soo. Byung Eun é um velho conhecido nosso, já que participou de séries muito famosas e queridinhas do público, como Moving (2023), Alquimia das Almas (2022), Crônicas de Arthdal (2019) e O Que Há de Errado com a Secretária Kim? (2018), com Park Seo Joon e Park Min Young. Já Kyeong Soo atuou em Anomalia (2022), Itaewon Class (2020) e em vários filmes, como The Call (2020) e Broker (2022). Leia mais: Beija, beija, beija: As melhores cenas de beijos dos doramas Já assistiu à algum dos episódios? Conta para o Café nas redes sociais sobre as expectativas ou o que estão achando!

  • Conheça as 15 melhores músicas do grupo de K-pop AB6IX

    Com apostas ousadas, o AB6IX vem trilhando um caminho musicalmente interessante no K-pop; confira as melhores canções! (Brand New Music/Reprodução) Você conhece o AB6IX? O boygroup foi formado pela empresa Brand New Music e estreou no K-pop em 22 de maio de 2019. Desde então, eles sofreram algumas alterações decorrentes da saída de alguns integrantes, mas nada que fosse capaz de afetar a trajetória que eles traçaram através de uma das melhores discografias do gênero. Fortemente influenciados por ritmos de dance e eletrônica, o AB6IX explorou diferentes caminhos e estilos, que vão do rock alternativo ao EDM e ao house, sendo este último uma das marcas registradas do grupo e que compõe grande parte desta lista. Dito isto, confira o ranking aqui do post para conhecer melhor o boygroup! Mais músicas para conferir: As melhores músicas japonesas do SEVENTEEN e que estão no álbum "Always Yours" Músicas para conhecer melhor o AB6IX e o potencial de sua discografia: 15. SHINING STARS Lançada em 2019 como parte do álbum B:COMPLETE, SHINING STARS surge do dedilhar de cordas, que logo abre espaço para os vocais sedutores do grupo. A música do AB6IX também conta com uma construção típica — no bom sentido — que vai, aos poucos, criando uma atmosfera que antecede a explosão do refrão. Um dos melhores pop eletrônicos do K-pop. 14. DO YOU REMEMBER Em DO YOU REMEMBER, o que chama a atenção é a repetição da letra como se gerasse, a partir desse recurso, uma identificação maior com o que eles exclamam em sua lírica apaixonante. Sonoramente é menos interessante, utilizando alguns maneirismos do EDM que estão presentes, com maior profundidade, nas demais músicas do grupo. 13. FRIEND ZONE Com estímulos eletrônicos orquestrados por um piano, FRIEND ZONE do AB6IX é exatamente o que uma música de K-pop desse gênero deveria ser. E, embora a sua referência seja o hip-hop, o tom acessível e incrivelmente dançante faz com que sua roupagem consiga se adaptar bem aos mais diversos objetivos do grupo. 12. VIVID VIVID, de 2020, é um dos melhores discos do AB6IX. E a faixa que carrega o mesmo nome da obra haveria de ser, também, uma das melhores já lançadas por eles. A partir do estudo de como criar excelentes refrões, a música expande sua energia – primorosamente marcada por um synth-pop emocional – até atingir uma catarse de cores, comprovando que a estética musical no K-pop tem sim um papel primordial. 11. Sugarcoat Em Sugarcoat, o AB6IX compara a paixão sentida pelo eu lírico com os mesmos efeitos causados pelos doces: alegria e alta dose de agitação. E, sem nos contar, eles tecem toda uma narrativa baseada nesse fato um tanto intrigante, o fazendo a partir de uma combinação primorosa de R&B. 10. REALITY Cantando sobre estar apaixonado por alguém tão distante que parece irreal, REALITY é um dos primeiros grandes avanços do AB6IX em novas tendências eletrônicas. Aqui, eles utilizam graves de future bass com batidas harmoniosas que constroem um cenário alternativo bastante aconchegante. Leia também: Como a Chuu do LOONA construiu sua carreira individual antes mesmo do debut solo? 9. SURREAL Como o nome sugere, SURREAL é surreal. E como isso é feito? Simples: através da fusão de ritmos pop eletrônicos que o AB6IX deveria, merecidamente, ser reconhecido. E o que prova sua habilidade única é o refrão desencadeado por um eletro-pop atmosférico e único. “Eu me apaixonei por você como se estivesse possuído / Você está em outra dimensão / Surreal”, cantam eles. 8. Complicated TAKE A CHANCE, de 2022, foi um ponto de ruptura na discografia do AB6IX. Nesse disco, eles optaram por usar menos recursos eletrônicos como haviam feito antes, e a partir disso planejam apresentar canções que dispensam explosões sintéticas para gerar emoção. Complicated, que conta com uma mescla interessante de pop com R&B, é um exemplo perfeito de como eles fazem isso. 7. LIGHT ME UP Explorando outra faceta do house, desta vez o urban house, LIGHT ME UP é uma das mixagens mais interessantes do AB6IX. O baixo que controla seu ritmo não sofre interferências na hora de condensar o hip-hop com o EDM, tornando o resultado um verdadeiro turbilhão de sonoridades que apresentam uma das melhores produções da discografia do grupo. 6. BLAZE BLAZE não mede esforços para soar longe de tudo o que o grupo já fez. Suas placas sonoras captadas no nostálgico liquid drum n' bass chamam a atenção por remontar parte do aspecto explosivo de algumas faixas antigas, de trabalhos como 6IXENSE e B:COMPLETE, porém, sob novas perspectivas. Confira também este post: Por que a Natty, do Kiss of Life, está sendo chamada de "Baby BoA?" Saiba tudo sobre a cantora 5. HOLD TIGHT Produzida por uma equipe que já havia trabalhado com grupos como IZ*ONE e SEVENTEEN, HOLD TIGHT é uma das mais simbólicas faixas do AB6IX a passear pelo deep house. Porém, mais do que isso, é uma das músicas mais robustas do grupo no sentido geral de sentimento e paixão, duas coisas aqui que transcendem os simbolismos do pop sul-coreano. 4. BREATHE Eleita pela Billboard como uma das melhores músicas de K-pop de 2019, BREATHE é um dos maiores marcos na carreira do AB6IX. Nesta faixa, o grupo desenvolve o deep house que se tornaria uma parte crucial de sua abordagem musical nos anos seguintes. É uma música poderosa, vibrante e essencialmente sonhadora. 3. CLOSE CLOSE, do disco MO' COMPLETE: HAVE A DREAM, de 2021, faz referência à estreia do grupo no projeto B:COMPLETE, de 2019, com a faixa BREATHE; partindo do deep house misturado ao K-pop e expandindo algumas características que ninguém além do AB6IX — o uso esplêndido do antidrop — conseguiu imprimir. É o melhor que eles já chegaram nesse sentido. 2. EDEN EDEN, b-side e também a melhor música do disco THE FUTURE IS OURS: LOST, de 2023, funciona com a máxima do grupo: ritmo cativante, vocais sedutores e uma pilha de elementos incomuns no k-pop, misturando som retrô com rap, incrementados com distorções vocais ao estilo Daft Punk. 1. Weightless Como mencionado anteriormente, o AB6IX soube misturar muito bem os ritmos usados no pop eletrônico, como house e suas variáveis. A partir disso, eles criaram uma série de músicas que hoje ocupam um espaço solar único no pop sul-coreano. No entanto, houve momentos em que a mudança lhes deu perspectivas surpreendentemente positivas, como foi o caso do disco TAKE A CHANCE, em que uma das músicas deste trabalho, a b-side Weightless, reuniu parte do que o grupo explorou no passado – e de certa forma no futuro, pois soa atemporal – para ampliar o seu domínio no chamado pop emocional, que recentemente ganhou destaque graças à estreia de RIIZE com Memories. Mas Weightless é diferente: a canção dispensa ganchos e melodias sintéticas para dar espaço a guitarras que se distorcem com a intensidade musical que a faixa representa, abordando a dificuldade de superar um término. “Estou sem peso, estou voando”, repetem eles. É esmagador. Qual música do AB6IX você acha que poderia entrar na lista? Não se esqueça de navegar pelo Café com Kimchi para ler nossos outros conteúdos!

  • Quem é o H1-KEY no K-pop? Conheça o girlgroup que será a adição perfeita na sua playlist

    Em janeiro, o grupo volta à cena com o projeto "H1-KEYnote"; saiba quem são as integrantes e as melhores músicas (GLG/Helix Publicity/Divulgação) Atenção: você já conhece a palavra de H1-KEY? O girlgroup, que tem ganhado notoriedade no cenário do K-pop, retorna neste início de 2024 com a faixa Thinkin' About You, já disponível em todas as plataformas; mas queremos te contar mais sobre elas! As meninas fizeram sua estreia na indústria há um tempinho, mas ainda dá tempo de conhecer as músicas, as integrantes e se tornar fã. Por isso, o Café com Kimchi te convida a conferir mais informações a respeito do H1-KEY, que é o grupo perfeito para quem busca novos artistas para a playlist e deseja conferir novidades no K-pop. Por isso, aproveite que o quarteto fez comeback e leia o texto abaixo: Você pode gostar de ler: Debuts de K-pop que devemos ficar de olho em 2024 Quem é o H1-KEY e quando foi o debut do grupo? O H1-KEY é um grupo de quatro artistas que debutou em 2022 sob a gravadora GLG Entertainment. Inicialmente anunciado no final de 2021, o girlgroup teve suas integrantes apresentadas ao público pouco a pouco ao longo de novembro daquele ano; e o H1-KEY estreou na cena do K-pop com o single Athletic Girl em 5 de janeiro de 2022. Tempos depois, o grupo divulgou o EP RUN em julho (2022 também), e posteriormente o comeback Rose Blossom no aniversário de um ano de seu debut. Desde então o H1-KEY tem mantido sua formação de quatro membros, com Yel, Seoi, Riina e Hwiseo. Aliás, Rose Blossom conta com a faixa homônima que é um dos maiores sucessos do conjunto até então. Inclusive, a respeito do conceito original do grupo, o H1-KEY veio com a promessa de ser um girlgroup que transmite uma beleza e aura "confiante e saudável"; isso inspiradas no termo em inglês high-key, usado para situações em que há ênfase na atitude e emoções de algo ou alguém. Confira também: 10 artistas de K-pop que gravaram músicas de animes e mergulharam no mundo otaku Aliás, dos grupos femininos de K-pop que mais conquistaram pontos com vendas e engajamento digitais em 2023, o H1-KEY constou entre os dez primeiros colocados: As integrantes do girlgroup H1-KEY Seoi, nascida em 12 de fevereiro de 2000, é líder e vocalista; Riina, nascida em 21 de fevereiro de 2001, é vocalista; Hwiseo, nascida em 31 de julho de 2002, é rapper e vocalista principal; Yel, nascida em 25 de dezembro de 2004, é dançarina principal, vocalista e rapper. Na foto, da esquerda para a direita: Yel, Hwiseo, Seoi e Riina (@H1KEY_official/Reprodução) Quais músicas eu devo escutar para conhecer o H1-KEY? Como mencionamos acima, o H1-KEY fez seu comeback inédito neste início de 2024 com a faixa Thinkin' About You, que dá início ao projeto chamado H1-KEYnote. Por meio dele, as meninas pretendem mostrar lados inéditos de sua identidade e talentos, principalmente os vocais; a canção veio acompanhada de um videoclipe na versão ao vivo, disponível no YouTube. Thinkin' About You é tida como um single mais maduro e romântico das artistas, e as membros desejam que a música seja reconfortante para o público. Segundo o H1-KEY em comunicado para a imprensa, as integrantes apresentam um retorno que é "uma canção de amor" e também um "novo conceito" para elas. E como adendo ao retorno do quarteto, indicamos o EP divulgado em agosto de 2023, Seoul Dreaming. O mini álbum foi promovido com a title track SEOUL (Such a Beautiful City), que é a dica essencial para os ouvintes dos gêneros musicais city pop e disco. Outras músicas da discografia das meninas, como Magical Dream, Time to Shine, Dream Tip e o próprio debut "Athletic Girl" são ótimas indicações para conhecer os estilos que o H1-KEY se encaixa. Apesar disso, SEOUL (Such a Beautiful City) é uma canção fenomenal; recomendamos muito! O que você achou do H1-KEY? A partir das dicas do Café com Kimchi, você já pode dar os primeiros passos para se tornar parte do fandom M1-KEY! Ouça Thinkin' About You no Spotify:

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