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Super Junior entende de palco como poucos, e prova que "Super Show" não é só o nome da turnê

Atualizado: 16 de mar. de 2023

Reis da Hallyu voltaram ao Brasil em fevereiro de 2023 e entregaram um concerto divertido e cheio de energia


(Divulgação/SM Entertainment)

Após dez anos desde a primeira vez que Super Junior se apresentou no Brasil, os Reis da Hallyu retornaram na última quinta-feira (9) com a turnê Super Show 9: The Road e mostraram como um concerto de K-pop deve ser! O sentimento de estar presenciando um momento histórico para a música sul-coreana em nosso país era percebido desde a fila, composta por pessoas de vários estados e até mesmo de outras partes da América do Sul, como Uruguai e Paraguai.


As horas de espera, no entanto, valeram a pena quando o Espaço Unimed, em São Paulo, recebeu um mar azul de E.L.F.s (nome carinhosamente dado aos fãs do grupo), e, graças à longa plataforma central instalada, a sensação era de que todos estavam muito perto do Super Junior, independente do setor indicado no ingresso. O Café Com Kimchi esteve por lá e, como diversas outras testemunhas oculares, viu que os quase 18 anos de carreira deles têm sabor da safra mais nobre de qualquer vinícola.



Conteúdo e interação com os fãs


Assistir a um concerto é um pacote completo que engloba visuais, apresentações ao vivo e, especialmente nos shows de K-pop, os VCRs. Estes materiais audiovisuais são muito bem construídos com momentos divertidos, alguma história que faz parte do conceito do universo do grupo e, às vezes, um spoiler para o que está por vir. Além disso, também é importante para os cantores conseguirem trocar os figurinos e retocar a maquiagem.


Como espectadores, às vezes é um pouco cansativo assistir a tantos VCRs durante o show, mas não foi isso que aconteceu no show do Super Junior. Os vídeos eram mais curtos e objetivos, aparentemente não atrapalhando as diversas trocas de looks do grupo. Isso resultou em um concerto mais fluido e dinâmico, no qual a densidade do conteúdo estava mais concentrada no palco do que em quaisquer outras distrações.




Inclusive, que palco, hein! A plataforma em formato de T permitiu que todo o Espaço Unimed se sentisse preenchido pela energia do icônico grupo, sendo possível vê-los de perto até nos setores mais afastados. O mérito também é deles, já que Super Junior soube como explorar bem o espaço e se dedicou em interagir com os fãs em tempo integral, graças ao fortíssimo carisma dos integrantes e coreografias adaptadas para unir performance e situações de proximidade com o público.


História do K-pop na frente de nossos olhos


A setlist do Super Show 9 aqui no Brasil ganhou adições de músicas com pegada mais latina, como a gigante Lo Siento, Otra Vez e a versão completa de Mamacita (que só era tocada em medley em outros países fora da América do Sul). Um aspecto importante sobre a escolha de canções, no entanto, é o compilado digno de uma coletânea Greatest Hits.



Além de adicionarem faixas recentes dos álbuns The Road: Keep on Going e The Renaissance, Super Junior fez entregas excelentes dos maiores hits da carreira, como Bonamama, Sorry, Sorry e Mr. Simple. O sentimento, provavelmente coletivo, de presenciar tais performances foi como ver a história do K-pop criar forma física, se materializando na frente de centenas de brasileiros, levando ao frisson qualquer pessoa minimamente apaixonada pelo gênero sul-coreano.


Por fim, pernas e vozes cansadas eram apenas as do público. Já o Super Junior manteve a energia no ápice, se divertiam como se fosse o último show de suas vidas e mostraram, ao vivo, o motivo pelo qual se tornaram uma peça essencial nas engrenagens do K-pop. Enquanto muitos grupos infelizmente não têm a sorte de se manterem ativos por mais de uma década, os Reis da Hallyu continuam nos entretendo com a vitalidade e empenho de um rookie — algo que estão longe de ser há, pelo menos, 18 anos.

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