O lançamento do álbum do membro do GOT7 ocorreu no dia 09; confira a review do comeback do talentoso cantor de Hong Kong
(Reprodução / TEAM WANG)
Um dos lançamentos mais aguardados desse mês, MAGIC MAN, terceiro álbum de estúdio de Jackson Wang, finalmente está entre nós. Ele foi lançado no dia 9 de setembro e traz dois pré-lançamentos, Blow e Cruel, além do mais recente single, Blue, na tracklist, que conta com mais sete faixas inéditas. Esse é mais um trabalho do solista que iniciou sua carreira solo ainda no GOT7, boygroup que pertencia à JYP Entertainment, e que encerrou o contrato com a empresa no início de 2022.
Era de se esperar que Jackson entregasse um trabalho impecável. O contrato com a empresa TEAM WANG permite total controle criativo sobre seus lançamentos em inglês e promoções nos Estados Unidos. Também era esperado que os gêneros utilizados no álbum fossem parecidos com rock e eletrônico, conforme visto nos pré-lançamentos. O artista conseguiu entregar um trabalho satisfatório mesmo passando por alguns percalços no caminho. Confira a crítica do Café Com Kimchi logo após a publicidade:
O místico em MAGIC MAN
(Reprodução / TEAM WANG)
Blow abre o álbum com excelência. A guitarra é constante e a bateria é agressiva, ecoando o sentimento que a letra busca passar. Sendo uma canção já conhecida pelo público, lançada em primeira mão no mês de março, ela dita o ritmo da tracklist e é acompanhada por um videoclipe teatral e intenso como a faixa.
Em seguida, temos Cruel, uma canção um pouco mais lenta que sua antecessora e mais inclinada para o lado sensual. A partir dela, podemos perceber uma temática na tracklist do álbum — aqui, o rock comanda o conceito e está presente em todas as faixas. O clipe de Cruel é mágico e traz um cenário distópico de batalha. As cenas de luta foram muito bem coreografadas e os efeitos especiais fazem a diferença na versão final.
Infelizmente, a partir desse momento, as músicas passam a se misturar entre elas. Por possuírem sonoridades parecidas, encontrar diferenças palpáveis e particularidades se torna uma tarefa difícil. Champagne Cool e Go Ghost são interessantes quando ouvidas separadamente, ambas trazendo uma mistura do eletrônico com o rock, mas quando postas na ordem da tracklist, perdem o brilho e suas características mais únicas.
Drive It Like You Stole It é diferente, entregando mais um pop digno de ser tocado em uma boate ou festa. É um dos destaques do álbum e se parece com faixas antigas do próprio Jackson, como 100 Ways e Pretty Please. Come Alive vem em seguida e é tão boa quanto a anterior, mantendo o alto nível de canções eletrônicas e melódicas.
Apesar de ter faixas que funcionam muito bem quando isoladas, o álbum ainda sofre com sua homogeneidade extrema. Just Like Magic muda o ritmo um pouco, apresentando versos lentos e um refrão acelerado, e a diferença a torna ainda mais interessante. É uma pena que seja tão curta assim como sua sucessora, All The Way, que também está na lista de melhores faixas. O refrão explosivo e com bastante reverb nos vocais torna a canção mais única e menos parecida com as outras.
Dopamine começa a desacelerar e nos levar para o final do álbum, e o caminho até ele só é bom por causa dessa faixa. O instrumental realmente remete à um shot de dopamina, se encaixando perfeitamente com a letra e a energia que o conjunto transmitiu por esses 25 minutos de duração. Finalmente, chegamos em Blue, último single lançado. Apesar de soar um pouco morna, a canção é o encerramento perfeito para o álbum, deixando um gosto relaxado e satisfatório.
MAGIC MAN tem alguns erros de estrutura. Os gêneros utilizados são muito parecidos entre si, fazendo com que o álbum se assemelhe a uma grande massa homogênea. Em alguns casos, isso pode ser bom; nesse, é apenas uma lástima. Entretanto, as canções conseguem se sustentar sozinhas e proporcionam uma boa experiência para o ouvinte, especialmente se consumidas independentemente do álbum, o que faz MAGIC MAN ganhar pontos. Jackson Wang conseguiu fazer mágica e se mostrar merecedor do sucesso que aparece em seu caminho.
Comments