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BLANK2Y traz um pouco mais do mesmo em debut com "Thumbs Up"

Atualizado: 4 de fev. de 2023

Debut não surpreende e o boygroup precisa seguir por caminho contrário para se destacar entre outros artistas da geração

(Divulgação/Keystone Entertainment)

Maio tem sido um mês movimentado para o K-pop, especialmente, em relação a estreia de novos artistas. Após os debuts de LE SSERAFIM e TNX, chegou a vez de BLANK2Y se apresentar para a indústria com os integrantes DK, Louis, Donghyuk, U, Siwoo, Mikey, Youngbin, Sungjun e So Dam. A estreia aconteceu na última terça-feira (24), com o EP Thumbs up, composto por cinco faixas, entre elas, uma versão em inglês do single principal.


Sob a administração da Keystone Entertainment, os novos membros foram apresentados ao público através de um reality show, que teve início em 20 de março. Apesar do programa servir como uma forma das pessoas os conhecerem melhor, os nove membros não eram anônimos antes de serem anunciados no BLANK2Y. Muito pelo contrário, entre os nove há aqueles que debutaram anteriormente em outros grupos e participantes de survival shows, como Produce X e I-LAND. Devido as participações em programas de sobrevivência conhecidos, as expectativas para a estreia do grupo eram altas. Porém, o grupo ficou longe de atendê-las.




Thumbs Up é a faixa-título, que carrega o mesmo nome do álbum, e além da versão coreana, recebeu uma versão em inglês. Ao ouvir Thumbs Up, o ouvinte encontra uma sonoridade familiar, a mesma fórmula utilizada por vários boygroups: a união de trap e sintetizador. Essa mistura torna a música repetitiva e ao mesmo tempo monótona, por sabermos o que esperar durante os quase quatro minutos.


A mensagem da música também não é inovadora, "nós somos os melhores", não é nada mais do que muitos grupos sempre tentam transmitir em suas canções de debut. Para os que gostam de uma boa produção audiovisual, Thumbs Up não conseguiu entregar uma grande Music Video, novamente um pouco mais do de sempre: cenários aleatórios, compostos por uma paleta de cores escuras para encaixar com a tentativa de passar um conceito forte. Pelo menos um ponto positivo, os membros demonstram atitude para sustentar o conceito apresentado.




Além do single principal e da versão em inglês, o mini-álbum é composto por uma intro e duas bsides. Diferente do que muitos artistas usam, por exemplo, a solista Yuju em Bad Blood, a intro, chamada de Intro (R), possui apenas um instrumental agitado, sem a presença das vozes dos integrantes do grupo.



A faixa Touch segue pelo caminho contrário ao da title; para aqueles que não ficaram satisfeitos com Thumbs Up, talvez a b-side agrade mais. A letra conta a história entre duas pessoas e como um simples toque muda tudo em um momento. Dessa vez, é possível ouvir com mais clareza os vocais dos integrantes e o ritmo energizante encaixa bem com a voz de todos. A faixa poderia ter sido uma alternativa mais agradável de title, principalmente, pelo refrão cativante e com um potencial interessante.


A música destinada aos fãs, Costellation, é também um dos acertos do EP. A ballad trás acordes de violão que, ao longo da faixa, se integra a outros instrumentos, apresentando uma melodia leve, que novamente encaixa bem com as vozes dos membros. Na letra, eles comparam-se a uma estrela e expressam o desejo de apagar tudo no passado para valorizar cada momento brilhante que será criado no futuro.




No geral, o grupo trouxe um pouco mais do mesmo e se manteve em uma zona de conforto. O ideal para o primeiro comeback do grupo é escapar desse fluxo, que já esta mais do que saturado e não vem agradando mais boa parte dos fãs de K-pop. Muitos artistas já vem se arriscando em diferentes estilos musicais e o BLANK2Y deve fazer o mesmo para impor o seu diferencial em meio a tantos boygroups.



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