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Review | Com EP visual, Bang Yongguk faz comeback com frescor e mostra um lado diferente em "3"

Rapper e ex-integrante do B.A.P comemorou seu aniversário e presenteou os fãs com cinco faixas inéditas


Nota para álbum de Bang Youngguk

Imagem de divulgação de comeback de Bang YongGuk

(Divulgação / YYEntertainment)

O último dia 31 foi um dia duplamente especial para os fãs de Bang Yongguk, rapper e ex-integrante do B.A.P. No dia em que completou seus 34 anos também foi liberado seu tão esperado EP intitulado 3, com cinco faixas inéditas, fazendo um comeback em forma de presente depois de quase 1 ano desde o lançamento de seu segundo mini álbum THE COLORS OF LOVE


Além do retorno na música, a YYEntertainment também havia anunciado sua turnê, a III’ US tour, que tem início marcado para 5 de abril e contará com o total de 11 shows ao grandes cidades. Bom, apesar da extensa bagagem adquirida como líder do B.A.P, o artista tem uma carreira solo relativamente recente, mas seus trabalhos não tem nada de novato. 


Desde que fez seu, digamos, debut solo oficial em 2019 com HIKIKOMORI, ele vem mostrando suas habilidades tanto como rapper quanto como compositor. Agora, em seu terceiro EP, está mais do que claro que ele está confortável com seus objetivos e estilo pessoal e em 3, Yongguk mostra um lado diferente e fresco, numa combinação agradável de gêneros. Continue lendo a matéria para saber o que o Café com Kimchi achou do projeto completo!




"3": um álbum visual, simples e funcional


Rapper coreano Bang Yongguk
(Divulgação / YY Entertainment)

Antes de começar, vale ressaltar que todas as cinco faixas do EP foram compostas, escritas ou arranjadas por Yongguk. E a que ganhou o posto de faixa título foi MOVIMIENTO, que traz um nome autoexplicativo de uma música embalada no ritmo do estilo House, famoso no início dos anos 1980 e que é completamente atemporal, por isso funciona tão bem nesta faixa. 


A letra pode não necessariamente ficar na sua cabeça, mas o instrumental tem o potencial de te fazer escutar até o fim, que é um dos detalhes mais importantes de uma faixa título, certo? Se não você não escuta a abertura de um EP até o final, provavelmente vai deixá-lo de lado na metade. O clipe traz um Yongguk solto e dançante, algo que chamou atenção até mesmo dos fãs que ficaram admirados com esse novo lado. Sem muitas firulas, trocas de figurinos ou cenários, apenas seus movimentos, este é o clipe de MOVIMIENTO.



Logo em seguida temos BAD, única música com parceria e que traz a voz da solista YOUHA. De cara, a bateria e as cordas de um guitarra abrem espaço para um pop rock que fica ainda mais interessante com o contraste da voz grave do rapper e o timbre doce da cantora. O refrão repetitivo é feito para grudar na cabeça e sinceramente, tem tanto potencial de title track quanto a escolhida por ele. 



De um rock super gostoso de ouvir o ouvinte é levado para IXLU, que não possui nada muito elaborado, mas que por algum motivo - que me deixou questionando até agora - funciona e me deu vontade de adicionar em uma playlist. Com um instrumental de batidas simples, acho que o crédito pode ficar com o refrão e a voz marcante de Yongguk que são o bastante para você gostar da música. No entanto, apesar de ser um das que mais me agradou, não é o ponto alto do EP. No MV, ele parece estar dentro do castelo que aparece em MOVIMIENTO, o que dá uma sensação divertida de imersão.



NUMB é a quarta música e sinceramente, apesar de considerá-la boa, foi a que menos se destacou até aqui. Sempre tem uma faixa que fica esquecida e um lançamento e que você escuta menos e para mim essa é NUMB. Não tem nada que prenda o ouvinte e por mais que ela também tenha um instrumental simples como as anteriores, parece que aqui a produção foi simples demais e não tem potencial de cativar, entregando apenas aquela sensação de “maneirinho”.



Agora, BUSS IT DOWN foi um dos pontos altos do EP! Ela é quela música que ao começar você já sabe que vai gostar e acredito que a responsabilidade por esse feito deva ser dada ao instrumental, que mais uma vez é comum, mas se destaca pelo uso de graves que combina com a voz de Yongguk num casamento perfeito, como se seus vocais e o som de fundo fosse um só.


Mas afinal, é bom?


Para adiantar a curiosidade: sim, é bom, mas não é inovador. Claro, não serei exigente assim, pois a verdade é que poucos conseguem ser inovadores numa indústria como a do K-pop. 3 é um projeto visual, então todas as músicas ganharam um MV individual e além disso, todos eles também foram compilados em um único vídeo que faz transição de cada um mostrando os bastidores e a movimentação da equipe de um local de gravação para o outro. Essa é uma ferramenta interessante que deixou o conjunto com cara de algo caseiro e intimista, principalmente porque fica claro que as gravações não envolveram uma grande produção, maquinários e coisas do tipo.


“Quebra, desafio e vitalidade. nos sentimos vivos em todos os novos trabalhos” essa é a frase que aparece no início do compilado visual do EP. Por mais que as fotos conceituais divulgadas possam ter dado a ideia de que seu novo projeto teria uma energia mais dark e pesada, como já foi feito por ele anteriormente, as músicas dizem o contrário.



Este é um comeback fresco, justamente por trazer esse lado leve de Youngguk, que deixa o rap pesado um pouco de lado e explora os vocais e a mistura de gênero que vai do rock pop ao house. Há cerca de um mês atrás, o rapper deu uma entrevista ao AllKpop falando um pouco sobre o processo de produção do EP e uma prévia do que seria liberado no fim de março.



Ele mesmo confessou: “mudei o gênero e o estilo da música que eu costumava fazer. Eu acho que o gênero musical normal que eu fazia tendia a ser difícil para meus fãs ouvirem por muito tempo em suas vidas diárias”. Ao experimentar novas possibilidades, Yongguk renova sua vitalidade na música, assim como consegue atrair um novo público, que não o conheceu por seu estilo marcante em trabalhos como RACE, por exemplo, mas que podem gostar do ritmo animado e dançante de MOVIMIENTO.


“Acho que me conheço melhor do que qualquer outra pessoa. Isso é meio difícil às vezes, e essa é minha falha. Mas acho que tenho isso sob controle e continuarei fazendo isso até morrer”. O rapper, nessa mesma entrevista, disse que o objetivo era ter músicas que o público pudesse escutar no dia a dia, e depois de experimentar '3' eu digo que ele cumpriu sim essa missão.


Mas e você, o que achou deste comeback? Conte para gente nos comentário!







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