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Red Velvet dá vida a obras de arte em Feel My Rhythm; veja as referências que aparecem no MV

Atualizado: 4 de fev. de 2023

Novo mini álbum do grupo da SM acerta com vibe primaveril e traz b-sides surpreendentes, confira a crítica completa

(Divulgação / SM Ent.)

O Red Velvet está de volta! O grupo feminino retornou nesta segunda-feira (21) com The Reve Festival 2022 - Feel My Rhythm, mini álbum com seis faixas inéditas. O lançamento chega para acalentar o coração dos fãs que, na semana passada, receberam a notícia que a Irene, a Yeri e a Joy testaram positivo para COVID-19; mas, mais do que isso, a novidade traz um frescor inigualável para o K-Pop.


Com Feel My Rhythm (faixa título), o Red Velvet apresenta um universo único e autêntico. Quem esperava referências à Kwangya — se é que alguém realmente torcia por isso — se frustrou. Ao invés de um mundo selvagem e tecnológico, o grupo apostou no clássico e no requinte, levando até obras de arte para o videoclipe. O resultado? Um estética belíssima e exclusiva. Confira abaixo (a crítica continua após a publicidade).



O clima primaveril combina com a estação que chegou à Coreia no último domingo e transporta o espectador para uma atmosfera leve, ainda que um pouco confusa. A produção também acerta ao propor algo refrescante, um contraste com o conceito girl-crush que vem bombardeando (e por vezes poluindo) o pop sul-coreano. Só neste trimestre, vimos o debut do NMIXX, o retorno ousado do (G)I-dle e o Weeekly investido na imagem mais hardcore.



O videoclipe também se destaca por trazer obras de arte na fotografia. Quadros de artistas como Claude Monet, Hyeronimus Bosch e Sandro Botticelli ganharam vida através das integrantes, e as referências podem ser captadas mesmo sem um olhar minucioso ou um conhecimento profundo sobre arte. Os fãs, é claro, se apressaram para nomear todas as obras que são retratadas no vídeo, e o tweet abaixo mostra um pouco desse esforço.



Se pelo lado visual a faixa titular é apaixonante, a parte musical deixa a desejar. Com refrão morno e momentos irregulares de impacto, Feel My Rhythm só não é inteiramente apática porque se reinventa na segunda metade. As adições dão cor e personalidade à música que se apaga quando olhamos para o conjunto do EP. No entanto, é preciso fazer uma ressalva — o timing pode ter desfavorecido a impressão sobre o lançamento.


Feel My Rhythm apela para o uso de uma sample clássica no momento em que estamos tentando nos acostumar com releases agitados e que beiram o barulhento; afinal, quantas vezes você usou a expressão "bate-panela" para descrever uma música de K-pop no último ano? A faixa titular do RV, embora tediosa, está longe de ser desagradável ou agressiva neste nível, e é melhor pecar pela falta do que pelo excesso. Leia mais após a publicidade.



As b-sides se sobressaem. Elas quebram a monotonia da title com bom gosto e são fieis à sonoridade inconfundível do grupo. Rainbow Halo é um bom exemplo disso; a segunda faixa supera a primeira já à primeira escuta. Com um ritmo mais marcado, uma mistura de R&B, hip-hop e pop, a música se torna envolvente sem muito esforço. Destaque para o sax que integra o instrumental já no finalzinho da música. Sensacional!


Beg For Me, a terceira faixa, é divertida e instigante desde os segundos iniciais. Começa leve, mas logo o R&B aliado ao pop toma conta. O refrão é surpreendente, e a faixa consegue se manter dançante até nos trechos em que registra um instrumental mais tímido. O rap no minuto final, ainda que curto, dá uma cara nova à música. É também uma música sensual — percepção que transborda do arranjo e contempla também a composição (letra).



BAMBOLEO tem uma pegada retrô, com elementos de funk music perceptíveis já nos primeiros segundos. A volta ao passado é outra tendência dos lançamentos recentes de K-Pop. O refrão divertido combina com a proposta da faixa e, apesar da produção exagerar nos efeitos em diversos momentos, é uma boa oportunidade para apreciar os vocais do Red Velvet — sempre um ponto positivo do grupo que completa oito anos em agosto.


Good, Bad, Ugly tem um quê de jazz para além do R&B já muito bem trabalhado até aqui. É uma faixa bem equilibrada, os vocais são novamente o destaque e a canção exprime bom gosto. E este mesmo bom gosto é repetido — se não amplificado — na última faixa do EP. In My Dreams alia o R&B a uma boa dose de classicismo, que complementa perfeitamente o conjunto. Sedutora, nostálgica e emocionante, é uma boa pedida para encerrar álbum.


Em uma palavra, The Reve Festival 2022 é encantador. É uma prova de como o Red Velvet consegue se manter autêntico mesmo em uma empresa que insiste em arrastar o grupo para projetos mirabolantes — como o SMCU Express, e de como o quinteto sabe aproveitar o que dá certo para agradar os fãs. O álbum é tão bom visualmente quanto na sua sonoridade, e representa mais uma grande entrega deste grande grupo.




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