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5 anos de debut solo de Lay: Como a carreira do solista evoluiu desde o álbum Lose Control?

Atualizado: 13 de nov. de 2021

Desde sua estreia solo em 2016 até os dias atuais, Lay Zhang, também integrante do grupo EXO, entregou trabalhos inovadores e fez história na indústria musical
(Reprodução/SM Entertainment)

Outubro é o mês de Lay, solista e integrante do EXO que faz aniversário neste mês e, também, reserva tal momento do ano para seus principais lançamentos musicais. Este foi o caso de Lose Control, seu primeiro álbum como cantor solo, cujo debut é comemorado em 28 de outubro. E, por isso, o Café Com Kimchi trouxe alguns detalhes sobre o importante projeto que deu início à brilhante trajetória que segue até os dias atuais.


Há 5 anos, em 2016, Lay (ou Zhang Yixing, em seu nome verdadeiro), impactou a indústria com o lançamento do mini-álbum Lose Control, também conhecido como o primeiro filho do cantor. O disco conta com 6 músicas consideradas, até hoje, as melhores de sua carreira — e não é para menos! Apostando no R&B, com vocais limpos e bem executados, Lay recebe todos os holofotes ao mostrar o potencial de sua extensão vocal, além das excelentes habilidades como produtor e compositor (já exploradas anteriormente no EXO, incluindo a canção mais íntima e sentimental do grupo: Promise).

(Reprodução/SM Entertainment)

A simultaneidade da estética noir e urbana da era também chamou atenção ao unir dois conceitos de videoclipes tão diferentes em um álbum tão coeso musicalmente, com Lose Control e what U need? como principais singles do disco. Assim, a produção agradou tanto que ganhou vida própria e marcou uma passagem bem-sucedida nos gráficos sul-coreanos, vendendo 270 mil cópias e tornando-se o álbum mais vendido por um artista solo na Coreia do Sul naquele ano, de acordo com a Hanteo.


Vale mencionar também que o disco alcançou o primeiro lugar na Gaon Album Chart e, posteriormente, contava como o 7º álbum mais vendido do país em 2016, em uma lista liderada por grupos sul-coreanos como TWICE, GOT7 e EXO (tanto a formação comum, quanto a sub-unit CBX, que também debutou neste mesmo ano e foi sucesso de vendas). Na China, seu país de origem, o impacto não foi menor e o solista foi responsável por diversos “all-kills”, se mantendo em primeiro lugar no YinYueTai China Weekly Chart durante todo o primeiro mês de lançamento — quebrando, assim, 7 dos 8 recordes da plataforma no livro Guinness World Records, incluindo maior número de downloads e tempo de posição no topo do gráfico. E o cantor não para por aí!



Sheep introduziu novos gêneros musicais na carreira de Lay

(Reprodução/SM Entertainment)

Se Lose Control alcançou o alto patamar de expectativas que o público colocou em Lay, o solista estava prestes a mostrar que podia fazer muito mais! Em 2017, já afastado das atividades enquanto integrante do EXO, por questões políticas envolvendo Coreia do Sul, China e Estados Unidos, o cantor fazia parte do elenco fixo do programa chinês de entretenimento Go Fighting e preparava seu segundo álbum de estúdio intitulado Sheep.



Com Sheep, Lay deu vida a novas dez músicas, lideradas pelos singles I Need U e Sheep. Em seu primeiro álbum completo (e segundo filho), o solista explorou arranjos no trap e deu seus primeiros passos no rap, delineando seu caminho para um dos gêneros que mais influenciaria seu repertório nos próximos anos. Com o lançamento do disco, o cantor percebeu que tinha potencial para inovar musicalmente além do pop e R&B, e tal convicção foi definitiva para que se associasse a outros gêneros posteriormente.



Assim, no ano seguinte, Lay se uniu ao DJ mundialmente famoso Alan Walker e, juntos, produziram o remix Sheep Relift, completamente repaginado com arranjos em EDM. Com o novo gênero, o solista chinês fez sua estreia no Lollapalooza nos Estados Unidos e, poucos meses depois, expandiu seu conhecimento em música eletrônica e compartilhou sua experiência no programa Rave Now, onde se envolveu com outros talentos do gênero.


NAMANANA e a difusão do M-Pop internacionalmente

(Reprodução/SM Entertainment)

Com maior bagagem musical, Lay avançou um novo degrau em sua carreira com o lançamento de NAMANANA, um disco com 22 músicas — sendo 11 em mandarim e 11 em inglês. O disco nasceu com a promessa de levar o M-Pop (pop mandarim) para o mundo — considerando que o cantor é embaixador da Liga Jovem Comunista da China e tem como missão expandir e aumentar o interesse na cultura de seu país. E, felizmente, foi bem-sucedido em sua investida inicial rumo ao mercado internacional.


Depois do sucedido pré-single Give Me a Chance e, posteriormente, a faixa-título NAMANANA, o álbum homônimo decolou em proporções maiores do que o esperado por Lay. Com o disco, o cantor fez sua primeira entrada nos charts da Billboard 200, na 21ª colocação, com a venda de 24 mil unidades de álbum entre os dias 19 (data de lançamento) e 25 de outubro, de acordo com a Nielsen Music.



Além disso, o disco também proporcionou a Lay a conquista do primeiro lugar no World Albums Chart da Billboard, ultrapassando seus trabalhos solos anteriores no chart como Sheep e Lose Control, que chegaram à 4ª posição, e Winter Special Gift, que atingiu a oitava colocação no gráfico. Com impressionantes números nos Estados Unidos, o cantor se tornou um tópico atraente na TV e veículos de comunicação norte-americanos, ocasionando em aparições no Buzzfeed, iHeartRadio, Access, Build Series e nas revistas People e Billboard. Ainda marcado pelo impacto de NAMANANA, o cantor foi convidado a comparecer à cerimônia do Grammy Awards em 2019 — e ao MET Gala, no mesmo ano, sob o selo da grife Valentino.


Levando a China para o mundo

(Reprodução/SM Entertainment)

A intenção de Lay Zhang nunca foi se estabelecer apenas e somente no mercado norte-americano, mas reivindicar o espaço da cultura e arte chinesa ao redor do mundo. Assim, o cantor se agarrou em suas origens para entregar um dos trabalhos mais ambiciosos de sua carreira: o álbum Lit.


Lançado em 2020, o disco em duas partes consolidou a intenção de Lay em levar a China para o mundo — como o mesmo menciona na faixa-título. Utilizando instrumentos tradicionais chineses nos arranjos das músicas, o solista conta a história de seu país utilizando artes gráficas, contos teatrais e lendas conhecidas pela população nativa de seu país de origem. Desinteressado em se encaixar na fórmula ocidental de sucesso, Lay inova em um storytelling totalmente focado na ópera de Pequim, que também deu origem ao filme chinês Adeus, Minha Concubina, vencedor do BAFTA, Globo de Ouro, Blue Dragon e duplamente indicado ao Oscar.



Em Lit, o solista mescla elementos da música tradicional chinesa a gêneros como rap, EDM, reggaeton e R&B. E, se a princípio parece uma mistura peculiar e inimaginável, a produção de Lay é coesa, inovadora e certeira em unificar a China ao ocidente, tornando sua cultura ainda mais atraente aos olhos e ouvidos externos ao seu país nativo. Assim, a estratégia do cantor coloca a China como protagonista de suas narrativas e, inevitavelmente, cativa o público internacional a se aprofundar em entender as histórias chinesas que inspiraram o álbum.


Além de impactar os ouvintes ocidentais com tamanha criatividade em sua composição, Lit também brilhou na China, vendendo 1.5 milhões de cópias em 7 minutos do lançamento, com todas as 12 faixas do disco performando bem nos charts da plataforma QQ Music. Quebrando os próprios recordes, Lay vendeu 750 mil cópias apenas no primeiro minuto, recebendo consecutivos certificados de ouro, platina e diamante — e quem acompanhou a estreia na época, certamente ficou atônito com tantas certificações em poucos minutos. Ainda em 2020, Lit concluiu sua saga como um dos álbuns mais vendidos daquele ano e, também, de todos os tempos na QQ Music.


Entre 2020 e 2021, Lay foi reconhecido como melhor produtor e compositor da China após sua participação no programa CZR2, que resultou no álbum PRODUCER, uma memória com todas as canções criadas semanalmente e performadas pelo solista. Ampliando a potência de seu nome na indústria musical, o cantor também se tornou CEO da própria empresa de entretenimento, Chromosome Entertainment, onde formará uma nova geração de artistas. Além disso, Lay lançou o recente EP, intitulado East, neste mês de outubro, dando continuidade ao legado iniciado e consolidado por Lit.



Desde o início de sua carreira solo até o atual momento, Lay Zhang teve uma curva ascendente que se deve, unicamente, aos seus contínuos esforços e genialidade artística. Como produtor, compositor, letrista, coreógrafo, ator e cantor, Lay alcançou espaços que poucos chineses ocuparam e pretende continuar esta saga, com o objetivo de abrir portas para outros jovens talentos da China e colocar a riqueza cultural de seu país nativo em uma vitrine de apreciação mundial.


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