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[Crítica] Ídolo dos ídolos, KAI transborda sensualidade em "Rover"

Em seu terceiro ato solo, membro do EXO acha o equilíbrio entre inovação com toques latinos e a celebração da sua carreira na indústria


(Divulgação/ SM Ent.)

Na última segunda-feira (13), o KAI fez seu tão aguardado comeback com o mini álbum "Rover". O lançamento conta com seis músicas inéditas, além de um music video para a faixa principal, também chamada de "Rover." Neste que é seu terceiro ato solo, o membro do EXO mostrou mais das suas cores únicas que lhe renderam o apelido de "ídolo dos ídolos", dada a sua popularidade entre outros artistas de K-pop.


No videoclipe para a title, KAI muda de identidade diversas vezes, mas sem perder o gingado! Como de praxe, a coreografia permanece em evidência na produção mesmo com a mudança improvável de cenários — de um salão de beleza retrô ao palco de um teatro luxuoso. Confira o MV abaixo e, após a publicidade, um pouco mais do que o Café Com Kimchi achou da novidade faixa a faixa.



Para a faixa principal, Kai trouxe uma salada de referências internacionais. A sample é do produtor romeno Monoir e interpretada originalmente pela cantora búlgara Dara; mas a sonoridade que sobressai é, sem dúvidas, a latina. "Rover" é envolvente do início ao fim, com um refrão que gruda na cabeça e versos dançantes. A faixa ainda exemplifica algo que é cada vez mais tangível no K-pop: os produtores estão de olho na música latina.


A segunda música, "Black Mirror", parece ocupar a vaga deixada por Vanilla no álbum Peaches, lançado por KAI em 2021. É a faixa menos coerente à primeira escuta — ou mais diferentona, como preferir —, mas, com o avanço da introdução, sua assimetria se torna um charme à parte, potencializando o KRNB luxuriante no qual as notas se amparam. Ela também complementa a pegada sexy da faixa anterior, mostrando que seu lugar no álbum é estratégico.


Em termos de sensualidade, o álbum atinge seu ápice na terceira música: "Slidin'". Novamente com um KRNB lento, KAI explora a suavidade da sua voz nesta faixa que possui momentos de impacto pontuais e extremamente assertivos. Escutando-a na sequência do álbum, o ouvinte pode ter a impressão de "lugar comum", comodidade ou até pouca inovação; porém, descartada das faixas que a antecedem, a música se reveste de um potencial inédito, figurando até entre as melhores faixas do KAI desde o seu debut como solista em 2020.



Mais "latinidades"


Desde o seu anúncio, "Bomba" despertou a expectativa e a curiosidade dos fãs na América Latina, e apesar do resultado final dividir opiniões — há quem ame, há quem odeie —, é preciso elogiar o KAI por se jogar de cabeça nesse projeto repleto de referências latinas. Bomba é uma faixa autêntica, carismática e alinhada ao que foi proposto em seu teaser (abaixo). Ela combina com o conjunto do álbum e se prova uma adição valiosa à coletânea na ponte desacelerada.




Se até aqui o KAI inovou, em "Say You Love Me" o solista está mais próximo das canções que compõem seu primeiro álbum de estúdio, sobretudo "Amnesia." A faixa desperta nostalgia, é clássica e tem aquele quê de um KRNB raiz e instigante, além de muita sedução. Apesar das inovações serem bem-vindas, é inegável que aqui vemos a imagem do KAI como idol, o que ele faz de melhor e também o que exprime fielmente a sua essência artística.


"Sinner" encerra o álbum em um ritmo mais lento e novamente mais familiar ao estilo que o KAI domina. É uma música suave e que, como se brincasse com o próprio título ("pecador" em português), faz uma remissão acerca das músicas mais agitadas. É o timing de se despedir, e o solista faz isso abusando de um timbre melódico que deixará todos morrendo de saudades. Felizmente, essa despedida deve ser curta — a priori, o KAI está confirmado para o comeback do EXO agendado para o verão coreano.



Uma viagem a novos destinos (estilos) sem tirar o pé do chão


"Rover" parece ser um experimento no qual o KAI prova da sua versatilidade, buscando novos estilos — com destaque para a sonoridade latina — sem abandonar aqueles elementos que já são intrínsecos à sua personalidade artística. De certa forma, ele já havia feito uma viagem similar em "Peaches", porém, resgatando elementos musicais tradicionais da cultura coreana. Agora, KAI aprendeu que dá, sim, para ir mais longe, e este novo álbum é mais um trabalho que justifica o apelido que ele recebeu após dez anos na indústria — ídolo dos ídolos.



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