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Foto do escritorSamara Barboza

Peaches: Segundo EP de Kai representa a capacidade de inovação do solista

Atualizado: 5 de ago. de 2023

Após um debut de sucesso como solista, Kai explora novos gêneros e mantém a qualidade com seu segundo mini álbum

(Divulgação/SM)

Kai realizou seu debut como solista há um ano com o KAI (开), o EP de estreia trouxe um forte impacto acompanhado de gêneros como R&B e Trap. Por outro lado, na terça-feira (30), o cantor retornou com seu segundo mini álbum. Intitulado de Peaches, acompanha uma title de mesmo nome, e como primeiro comeback apresentou uma composição bem distinta do lançamento anterior, mostrando o crescimento em sua trajetória solo.


Kim Jongin - nome verdadeiro do idol - tem uma atitude perspicaz em sua carreira, ele está disposto a arriscar. Não é atoa que sua canção favorita do novo lançamento é também a mais distinta em sua discografia, Vanilla. Com dois álbuns, não vemos uma pessoa disposta a se fixar em um estilo. Muito pelo contrário, Kai está no começo de sua carreira solo e pode facilmente explorar novos caminhos, como deixa evidente nas diferenças entre KAI (开) e Peaches. Ele ainda surpreende ao retornar com claras influências presentes em sua playlist pessoal, como The Weeknd e FKA Twigs, o que empolgou os fãs.



O Music Video misturou referências ao Jardim do Éden - local conhecido como paraíso na Bíblia -, elementos tradicionais e modernos. Com o conjunto de diferentes ambientações e roupas, Kai aparece como um ser celestial em um cenário sonhador, enquanto canta sobre a pessoa amada. Na letra, ela é comparada ao pêssego, o fruto proibido na narrativa do MV.



Os diferentes lados de Kai


Dessa vez, optou por abandonar o conceito sensual e mostrar um lado mais doce e romântico. E funcionou, desde a paleta de cores do MV até a letra da música, o conceito de Peaches soube expressar o que Jongin desejava transmitir. Em uma tracklist curta, o cantor experimentou vários gêneros, incluindo Indie Pop, R&B pop e hip-hop.


Vanilla é a primeira faixa que o ouvinte tem contato após a title. O vocal ganha ainda mais destaque acompanhado da melodia tranquila do Indie Pop. Dando continuidade a vibe doce da track principal, a letra da b-side compara o sentimento de estar apaixonado ao sabor da baunilha. Ela se adequa bem como uma transição de Peaches para a terceira canção do disco. Porém, por ser tão morna, algumas vezes, pode passar despercebida pela forte presença das outras canções.



Domino destaca-se pelo instrumental, que combina um R&B mais inclinado para o hip-hop e vocais graves, principalmente, no refrão. Os fãs conseguem imaginar facilmente e anseiam por uma coreografia habilidosa executada por Kai. Mesmo que em certos momentos, pareça deslocada do álbum pela sua sonoridade diferente da linha seguida pelas demais, Domino funciona como uma “ruptura” momentânea na tracklist.



Entre os pontos altos do Peaches estão as b-sides extremamente promissoras. Nessa questão, Come in, To Be Honest e Blue são as que mais se destacam por superarem as expectativas e construírem um meio-fim de álbum ideal.


Comparada a Domino, Come In é mais tranquila, mas sem perder sua presença expressiva no EP. Além de aparecer como forte candidata a render uma boa coreografia feita por Kai. O groovy hip-hop mostra uma letra encorajadora e trás como base a confiança, estimulando a não hesitar quando se trata do amor.


Em To Be Honest, é retomado o estimulo a confiança, dessa vez, ressalta a importância da honestidade, aconselhando para não mais esconder os sentimentos e ser verdadeiro. A canção carrega um ritmo mais animado e um refrão nostálgico, que passa uma sensação familiar.


Falando em familiaridade, Blue é uma música facilmente identificada para aqueles que acompanharam a divulgação dos teasers. Não é atoa, trechos da canção foram disponibilizados no Mood Sampler e muitos acreditaram que se tratava da faixa-título. Nesse R&B, o vocal harmônico de Kai se encaixa perfeitamente na melodia emotiva da canção. A letra retrata o conflito em querer estar sozinho, mas ao mesmo tempo estar próximo a alguém que o tire de tal condição.




No geral, Kai manteve o alto nível apresentado em seu debut, ele segue surpreendendo e deixa altas expectativas para seus lançamentos futuros. Além disso, pode facilmente ser apontado como um solista promissor e nada mais justo do que receber a nota máxima do Café com Kimchi.




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