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Foto do escritorGiovana Medeiros

TXT nos convida à inconsequência juvenil com 'Good Boy Gone Bad'

Atualizado: 4 de fev. de 2023

O grupo masculino fez seu comeback na segunda-feira (09); confira o que achamos do álbum

(Reprodução / HYBE)

Não havia nome melhor para dar à canção de retorno. Conhecidos pelo público por terem a imagem de boys next door, a mudança visual e conceitual que o TXT entrega em seu novo mini álbum, minisode 2: Thursday's Child, pode ser entendida pela title. Apesar de não serem o primeiro grupo a exibirem um conceito mais maduro, os juniores da HYBE se deixaram levar por completo pela proposta do lançamento.


Os integrantes já haviam flertado com a imagem da rebeldia em LO$ER=LO♡ER e 0X1=LOVESONG (I Know I Love You), mas o single mais recente é um completo mergulho nessa reviravolta. A colaboração PS5, com salem ilese e Alan Walker, um dos diversos feats de cantores de K-pop com artistas ocidentais, também se manteve na linha da adolescência. Agora, porém, o grupo está pronto para romper com tudo que foi construído previamente.



Todos já quiseram se rebelar um dia


(Reprodução / HYBE)

O TXT não erra na hora de desenvolver canções com letras de fácil identificação. Opening Sequence, canção que abre o álbum, é mais uma para esse grupo: a partir de uma analogia entre um relacionamento que já acabou e um filme antigo, a faixa desenvolve um dinamismo dramático, mesmo com um instrumental simples, e nos faz viajar pelas nossas próprias memórias. Ela ganhou uma coreografia e performances em music shows, mostrando que foi muito aprovada pelo público e fandom. É uma excelente forma de começar os quinze minutos que seguem.


Se Opening Sequence tem um instrumental mais calmo, Good Boy Gone Bad é o contrário. Desde o primeiro segundo, as guitarras dignas do pop punk e rock, junto aos “woah, woah!” entoados, formam um ataque muito bem armado. Diferente de lançamentos anteriores, em que os membros cantavam sobre corações partidos e tristeza por não conseguirem seguir em frente, nesse, eles pegam todos esses sentimentos e transformam em raiva. É uma adição que combina perfeitamente com a nova direção que o K-pop está indo; em 2021 o retrô era a moda, e em 2022, o pop rock vai tomar seu lugar.



O ritmo desacelera a partir de Trust Fund Baby. Com a ajuda de uma melodia mais calma e melancólica, eles cantam sobre não se sentirem confiantes por não terem nascido num berço de ouro. “Eu queria que tudo fosse uma mentira” faz parte do refrão que traz referências à LO$ER=LO♡ER.


Lonely Boy (The tattoo on my ring finger) é cantada por apenas dois membros, Yeonjun e Huenking Kai. O rapper e o vocalista carregam a canção muito bem, mesmo ela sendo uma midtempo que, sendo cantada por qualquer outro, talvez não funcionasse dessa forma. Os dois, porém, entregam de forma convincente a história do eu lírico solitário, e a faixa tem um fator replay altíssimo.


Para encerrar o álbum, temos a segunda música de unit: Soobin, Beomgyu e Taehyun entram de corpo e cabeça no retrô eletrônico de Thursday's Child Has Far To Go. Os constantes acordes de teclado fazem você sentir como se estivesse em um videogame, parecendo pertencer à trilha sonora de algum jogo. Enquanto o trio canta que precisa correr para ir embora, o ouvinte passa pela mesma sensação de liberdade.



Apesar de todas as cinco músicas se sustentarem muito bem quando ouvidas em ordem, elas acabam por perder um pouco do brilho se reproduzidas separadamente e de forma aleatória. minisode 2: Thursday's Child é um trabalho muito bem amarrado, que traz consigo um senso de identidade conceitual e musical forte, mas que enfraquece, ainda que muito pouco, se for independente. O TXT se entregou ao novo conceito e o vendeu muito bem. Para a sorte deles, as faixas que os acompanham nessa jornada são tão boas quanto o próprio grupo. É impossível não sentir vontade de sair correndo junto deles.


Ouça minisode 2: Thursday's Child abaixo e aproveite para contar para o Café o que você achou do álbum nas redes sociais!




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