Nova temporada de produção baseada em best seller da autora Lee Min Jin estreia no dia 23 deste mês
(Divulgação / Apple TV+)
Falta pouco para o lançamento da segunda temporada de Pachinko, K-drama original da Apple TV+ baseado em best seller homônimo da autora Lee Min Jin. Após um ano e cinco meses da estreia da primeira, a produção retorna no dia 23 de agosto dando sequência a história da personagem Sunja (Kim Minha/Youn Yuh-jung) e as consequências políticas e sociais da época para ela e sua família mesmo nas gerações atuais.
Adaptada pelo diretor e roteirista Soo Hugh - responsável por produções como The Killing e Under The Dome, a segunda temporada de Pachinko contará com oito episódios que saem semanalmente na plataforma de streaming da Apple. Mas antes de qualquer coisa, vale lembrar que o K-drama é uma trama familiar baseada em uma obra literária intensa e complexa, rodeada pela Segunda Guerra Mundial e a colonização da Coreia pelo Japão, que afetou milhares de coreanos.
Tendo em vista essa complexidade de Pachinko, o Café separou alguns fatores essenciais para relembrar antes da segunda temporada do K-drama.
Linha temporal e paralelo entre gerações
O livro apresenta um enredo temporal linear, contando os fatos na ordem que acontecem e sem nenhuma situação se impor sobre a outra. Embora o K-drama siga essa linearidade, os acontecimentos do presente tomam espaço paralelamente, trazendo pontos de vistas diferentes sobre situações que se aproximam em algum sentido. Enquanto Sunja enfrenta as barreiras de linguagem, preconceitos e dificuldades financeiras e sobrevivência básica na década de 40, seu neto Solomon (Jin Ha) busca o crescimento profissional pleno de desafios nos anos 80. Nesse sentido, a série sempre vem carregada de perseverança, tomada de decisões e reflexão e seu impacto sobre o presente e futuro.
Datas e localidades são importantes para o contexto
O livro se divide em anos, e para a série de Pachinko não poderia ser diferente. Os anos e locais em que a história acontece, aparecem na tela para indicar quando e onde cada situação acontece. Isso não acontece só para mostrar o intervalo de tempo entre os fatos, mas para lembrar os fatores históricos que ocorrem, e que os cenários da trama sofrem impactos com esses acontecimentos.
O Japão e a Coreia do Sul foram extremamente marcados pela Segunda Guerra Mundial, por isso indicar data e local dos acontecimentos é essencial para a história, já que são características que determinam e influenciam o rumo de Pachinko.
Sem barreiras linguísticas
Embora não seja tão perceptível durante a experiência de leitura, para quem assiste a série de Pachinko, percebe a constante troca de idiomas. Os personagens transitam entre inglês, japonês e coreano. E é interessante notar como Sunja foi afetada pela barreira de linguagem quando o Japão dominou a Coreia do Sul e após se mudar para Osaka. Mas com o passar dos anos, conforme sua família crescia e se estabelecia, a língua japonesa passou a fazer parte da sua rotina, bem como o inglês.
Acontecimentos marcantes
Obs.: o texto abaixo contém spoilers
Além de todos os fatores citados acima, Pachinko merece ser assistido por sua trama incrível e densa. O K-drama é marcado por diversos acontecimentos, e alguns deles muito decisivos para a história. Confira e relembre alguns essenciais para a segunda temporada.
(Divulgação / Apple TV+)
Sunja se muda para o Japão
Para Sunja, a forma de lidar com uma gravidez não planejada e recusada pelo pai da criança, foi aceitar se casar com um rapaz desconhecido que se solidarizou de sua situação - visto que era uma época muito conservadora em que a gravidez antes do casamento era algo inadmissível. Praticamente de mãos abanando, tendo em vista a situação política e econômica da Coreia do Sul, ela se muda com algumas mudas de roupa para um bairro coreano em Osaka junto ao seu marido Baek Isak (Steve Noh Sang-hyun de Soundtrack #2), onde passou a viver na casa do cunhado e sua esposa.
A transição para um novo país, com um completo desconhecido como marido, lidando com uma nova cultura e língua já é naturalmente difícil, ainda mais no contexto opressor em que a Coreia do Sul se encontrava perante ao Japão. Sem ao menos poder se orgulhar da própria pátria, a realidade se resumia em ter o mínimo para viver, trabalhos precários e abusivos chefiados por japoneses e salários baixos.
Busca por soluções
Embora se mudar para o Japão fosse de certa forma uma solução para um dos problemas de Sunja, ela sabia que as expectativas de melhora eram inexistentes, visto que outras dificuldades ainda existiam e não estavam sob seu controle. Um dos acontecimentos mais chocantes da obra foi Isak ser preso após ser denunciado à polícia japonesa por participar do ato de oposição. Sem previsão da volta do marido, Sunja precisa sustentar os dois filhos e toma a iniciativa de fazer kimchi para vender no mercado local.
Expectativas para a segunda temporada de Pachinko
(Divulgacão / Apple TV+)
A série tem seguido fielmente as páginas do livro, de maneira lenta e detalhada, dando forma e espaço para alguns momentos que passaram de forma mais sucinta. A escolha de passar minuciosamente pelos acontecimentos levantam teorias sobre o que deve acontecer na segunda temporada de Pachinko.
Enquanto a primeira temporada aborda a chegada de Sunja no Japão, e sua família vivendo no país após superar a guerra e a pobreza, e os desafios profissionais de Solomon, que transita entre Japão e Estados Unidos, a segunda deve trazer as consequências da prisão de Isak e a ida de Sunja e sua cunhada Kyunghee (Jung Eun-chae) para o campo quando a guerra se intensifica e o país começa a ruir.
Além disso, existe a possibilidade de vermos, entre os oito episódios, seu contato com Koh Hansu (Lee Minho) após a prisão de Isak e as crianças já estarem mais crescidas. Podemos especular também quais os momentos mais atuais da obra serão atrelados às memórias de Sunja, e em quais ocasiões. No mais, a possibilidade de ver novos personagens e fechamento de arcos é muito animador!
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