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Foto do escritorRoberta Melo

‘BAD LOVE’: viaje pelo incrível universo de Key

Atualizado: 5 de fev. de 2023


Key do SHINee, após sua dispensa do exército, retorna com um inesquecível álbum de pegada retrô intitulado Bad Love


(Divulgação / SM Entertainment)

Após seu debut solo em 2019 com Face, Key retornou no dia 27 de setembro de 2021 com Bad Love trazendo um mix de synth dance-pop dos anos 80, toques de R&B junto de vocais fortes e marcantes em seis faixas extremamente boas e extravagantes. Tanto o conceito do comeback quanto o conteúdo das músicas gritam a personalidade do cantor, dando cor à sua individualidade artística de uma forma um tanto quanto teatral e melodramática. O solista foi entrevistado pelo portal NME e os confirmou:


“(Durante) meu primeiro álbum solo, ‘Face’, (eu estava) envolvido em fazer escolhas, mas essas escolhas foram feitas para mim. (...) Mas dessa vez, desde o início, fui capaz de dizer o que eu queria fazer, o que queria criar e qual era a minha visão.”


Explorando o universo de Key em cada faixa


Começando com Bad Love, faixa que dá nome ao EP, Key nos traz uma faixa com gênero synth dance-pop bem estilo retrô. A batida cativante nos faz voar alto em uma viagem pelo espaço e nos envolve em uma dança deslumbrante com o vocal excepcional do cantor. A música recheada de high notes (notas altas) traz imensa emoção à canção, em conjunto com a letra que relata uma relação extremamente tóxica, mas ao mesmo tempo satisfatória, mostrando a confusão de sentimentos que a pessoa tem sobre aquilo. Ou seja, está preso àquele “mau amor”.


O clipe da faixa principal nos traz um enredo cinematográfico cativante, em que Key é a estrela principal que tenta escapar dos pesadelos e fantasmas daquele relacionamento tóxico. Ele segue por diversos segmentos do entretenimento, como talk-shows, ensaios em set, camarins, estúdios, palcos… As cores vibrantes e os cenários extravagantes, atrelados à música, fazem do vídeo algo muito interessante de se assistir. Em complemento, o vídeo mostra também a coreografia feita para a canção, na qual em diversas cenas ele aparece performando-a com os dançarinos.



Seguindo pelo álbum, temos a segunda canção Yellow Tape, também com uma pegada mais retrô. A música traz uma melodia groove e dançante, novamente mostrando os vocais muito bem trabalhados por toda a faixa que só nos reafirma o poder que Key esbanja como cantor.


A terceira faixa Hate That… em colaboração com a renomada solista – e amiga íntima de Key – Taeyeon, do grupo Girls Generation, foi um pré-lançamento do EP, estreou dia 30 de agosto, praticamente um mês antes de seu retorno oficial.


(Reprodução / SM Entertainment)

A música fala sobre os sentimentos após um término mal resolvido, em que o artista canta “E eu odeio e odeio que você seja feliz sem mim, e eu rezo e rezo, quero que você se arrependa mais do que eu, se você me amou, eu apenas odeio que você seja feliz.”. A harmonização da voz de Key com a de Taeyeon faz a faixa ser incrivelmente tocante e apaixonante. Sem dúvidas, é uma das melhores collabs que aconteceram este ano – e com certeza uma das maiores b-sides de Bad Love.



Helium é o título da quarta música do compilado e já começa com vocais de arrepiar qualquer um. Os melismas e adlibs de Key nessa música são extremamente estáveis e bem trabalhados mostrando mais uma vez a versatilidade do cantor. A faixa completamente em inglês narra os sentimentos de uma pessoa apaixonada que não consegue se desvencilhar de seu amor, dizendo “Aqui fora estou me afogando por você, não, eu não me canso”. O refrão é tão bom que você não para de cantar mesmo depois da canção finalizada.


A tracklist de Bad Love segue com Saturday Night, música escrita por Key com versos apaixonados que contam a história de como uma pessoa poderia agir depois de um término durante um tempo difícil. Neste caso específico, o cantor quis relatar sobre a pandemia da COVID-19 que nos assola há dois anos. A melodia de vibe groove dançante descreve alguém que tenta esconder os sentimentos tristes indo a festas, tentando esquecer seus problemas, mas não tendo tanto sucesso assim. A b-side é bem envolvente e gostosa de escutar, assim como todo o restante do álbum.




Por fim, a sexta música do EP, intitulada Eighteen, é outra faixa escrita por Key e é como se o artista falasse consigo mesmo conforme se escuta a letra. Ele canta “Não deixe tudo desabar, apenas sonhe e voe alto, meus dezoito”, desejando que seu 'eu' de anos atrás continue lutando e correndo atrás de seus sonhos, sem se deixar ser atingido pelos problemas que aparecerem pelo caminho.


“Eighteen” é o que eu quero dizer ao Key de 18 anos. Algo como: ‘vai garoto, você pode fazer o que quiser. Você vai falhar às vezes, mas não se machuque com isso. Você será Key, então não se preocupe” - disse o artista sobre a canção.

A faixa é bem emocional e mostra como, durante sua carreira cheia de altos e baixos, ele ainda consegue passar por tudo e se manter mais forte do que nunca.


(Reprodução / SM Entertainment)

Em suma, Key nos entrega um álbum onde suas músicas conversam perfeitamente entre si, desde o conceito ao gênero e letras. O solista queria mostrar sua verdadeira face com a obra e, com clareza, conseguimos enxergar o que ele propôs – não há dúvidas que o artista é um all-rounder que faz seu trabalho com perfeição e minuciosidade desde seu debut em 2008 no SHINee.


“Nada mudou (depois que fiz 30). Eu fiz meu álbum ‘Bad Love’ (mas de certa forma) é totalmente diferente. (...) Eu finalmente me tornei “eu”. Tenho a chance de mostrar ao público que sou eu. Este álbum é a versão Key em forma de álbum” - disse Key para o portal NME.









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